Barclays mostra ritmo espantoso de rendimento negativo no mundo
(Bloomberg) -- Os rendimentos negativos estão se espalhando gradualmente para novas áreas do mercado de renda fixa.
Dados do Barclays mostram o ritmo alucinante das mudanças depois que a Deutsche Bahn se tornou, nesta semana, a primeira empresa não-financeira a vender títulos com yields negativos e que o governo alemão leiloou dívidas de 10 anos com yield negativo pela primeira vez.
Para ter uma noção da dinâmica de queda, basta ver o índice agregado global do Barclays, que monitora US$ 47,3 trilhões em dívidas com grau de investimento vendidas em 24 moedas diferentes e inclui de tudo, dos títulos soberanos aos títulos lastreados por hipotecas. Mais de um quarto disso rende menos que zero e mais da metade tem um yield abaixo de 1 por cento, segundo dados compilados pelo banco com sede em Londres.
O montante desses títulos está crescendo em um momento em que os bancos centrais de todo o mundo desenvolvido estão intensificando as políticas para fortalecer o crescimento. Embora tenha sido possível emprestar para alguns governos com prejuízo desde pelo menos 2012, o fenômeno ganhou força desde que o Banco Central Europeu decidiu reduzir sua taxa de depósito para abaixo de zero em 2014.
O total cresceu ainda mais nas últimas semanas depois que a decisão do Reino Unido, em referendo, de deixar a União Europeia e o temor em relação ao sistema bancário da Itália aceleraram uma corrida global para os ativos mais seguros e após o BCE iniciar compra de dívidas corporativas como parte de seu programa de aquisição de ativos.
Os investidores que comprarem títulos de rendimento negativo atualmente e os mantiverem até o vencimento receberão menos dinheiro do que pagaram. Trata-se de uma perspectiva aceitável para quem busca segurança em mercados voláteis. Para os demais, os títulos abaixo de zero desencadearam uma caçada global por rendimentos que ampliou a demanda por ações e outros ativos de maior risco.
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