México corre risco de outro colapso imobiliário após três anos
(Bloomberg) -- Três anos após a crise imobiliária do México ter eliminado US$ 4 bilhões em ações e títulos, o setor corre o risco de sofrer outra retração.
Isso acontece porque o presidente Enrique Peña Nieto quase dobrou os subsídios para moradias de baixa renda nos últimos 24 meses. Francisco Vázquez, analista da Moody's Investors Service, disse que isso encorajou as construtoras a iniciar uma farra de construções embora a economia apática enfraqueça a demanda por casas novas. Além disso, grande parte das novas construções está sendo realizada nos subúrbios de grandes cidades, onde há poucos serviços disponíveis, disse ele.
O próprio Peña Nieto sacudiu o mercado de imóveis residenciais pouco depois de sua posse em 2012. Ele disse que o governo utilizaria o programa de subsídios para levar a construção mais perto dos centros das cidades em um momento em que alguns donos de casas em projetos afastados foram deixados sem serviços básicos. Vázquez alerta que o excesso de construções ameaça prejudicar o mercado de títulos lastreado por créditos imobiliários residenciais do México, cujas taxas de calote se mantêm acima do nível de 4 por cento atingido durante o colapso de 2013.
"A política de moradia do México enfrenta um desafio enorme", disse Robert Rauch, que administra US$ 6,3 bilhões em ativos na Gramercy Fund Management em Greenwich, Connecticut, por e-mail. As empresas estão construindo "unidades muito mais baratas de construir, mas ainda muito longe dos centros das principais cidades".
Embora tenha crescido em 2014, o estoque de casas voltou a cair neste ano porque as construtoras podem estar se ajustando a uma piora da perspectiva econômica, disse a Conavi, a agência responsável pela política de subsídios do México, em resposta por e-mail a perguntas. Além disso, a nova política de Peña Nieto começou a dar frutos, e as novas casas construídas dentro dos limites urbanos passaram de 70 por cento em 2014 para 80 por cento em 2016, disse a Conavi.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.