Maioria esmagadora vê mais estímulos do BOJ nesta semana
(Bloomberg) -- Haruhiko Kuroda não enfrentava expectativas tão intensas por mais estímulos monetários desde sua primeira reunião como presidente do Banco do Japão (BOJ), em 2013.
Trinta e dois entre 41 analistas projetam que Kuroda e o comitê do BOJ expandirão seu programa recorde na reunião de dois dias que terminará em 29 de julho, segundo pesquisa da agência de notícias Bloomberg realizada entre 15 e 22 de julho.
Este é o percentual mais elevado de participantes de todas as pesquisas realizadas desde sua primeira decisão, há mais de três anos, quando os economistas projetaram, de forma unânime, a ampliação da flexibilização.
O aumento das aquisições de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) continua sendo a área mais provável de aumento, seguida de um corte mais profundo da taxa de juros negativa aplicada a uma parcela do dinheiro que os bancos comerciais guardam no BOJ, segundo a pesquisa.
Pouco menos da metade dos participantes disse que Kuroda aceleraria a compra de títulos soberanos, que é a base de seus esforços de estímulo à inflação.
O aumento das expectativas por uma ação do banco central surge em um momento em que os preços estão caindo novamente no Japão, enquanto a economia parece estar perdendo força.
Os dados do governo que medem o núcleo da inflação têm se mostrado baixos ou negativos no Japão durante todo o ano. Até mesmo segundo um indicador criado pelo próprio BOJ os preços estão subindo a uma velocidade de menos da metade da meta de 2%.
Momento de prova
"Esta reunião testa a seriedade do compromisso do BOJ em atingir a meta de preço de 2%", disse Masaaki Kanno, economista-chefe para o Japão no JPMorgan e ex-diretor do BOJ. "Uma maior flexibilização é provável para conter o argumento de que o BOJ está atingindo o limite" de suas políticas. Kanno estima um aumento das aquisições de títulos e ETFs, assim como um corte maior da taxa básica de juros.
Não são apenas os economistas que esperam mais estímulos do banco central. O mercado de swaps aponta que a taxa overnight se moverá para menos 0,19% em três meses, contra menos 0,04% no final da semana passada, indicando apostas de que o BOJ reduzirá ainda mais a taxa básica, já negativa.
Contudo, Kuroda tanto surpreendeu quanto decepcionou os mercados anteriormente. Em abril, quando 56% dos analistas previram uma ação, ela não chegou. Contudo, ninguém previu que o BOJ introduziria uma taxa negativa em janeiro e, em outubro de 2014, apenas três pessoas anteciparam que Kuroda ampliaria as aquisições de ativos.
O banco central também divulgará sua projeção para os preços no final da reunião e muitos esperam revisões para baixo. Apenas um entre 38 economistas projeta que o BOJ atingirá sua meta de inflação durante o período de um ano que terminará em março de 2018.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.