Goldman eleva perspectiva de preços para minério de ferro
(Bloomberg) -- O Goldman Sachs elevou sua perspectiva de curto prazo para o minério de ferro e projetou a continuidade dos altos níveis de volatilidade dos mercados do aço.
O minério de ferro será negociado a US$ 50 a tonelada em três meses e a US$ 40 em seis meses, disseram analistas, incluindo Christian Lelong e Amber Cai, em relatório com data de 27 de julho.
As projeções superam as de US$ 45 e US$ 35 feitas anteriormente. O minério com 62% de conteúdo em Qingdao, na China, subia 0,9% nesta quarta-feira, para US$ 58,63, segundo a Metal Bulletin.
"Estamos mantendo a meta de longo prazo a US$ 35 por tonelada, mas ressaltamos o potencial de continuidade da volatilidade de preço até a normalização dos estoques de aço", escreveram os analistas.
Os baixos estoques de aço na China, a principal produtora, provocaram fortes oscilações de preço em um momento em que os investidores que especulam com as tendências macro miram primeiro os mercados do aço e do minério de ferro.
Os avanços do minério de ferro em 2016 têm desafiado os alertas de que uma avalanche de nova oferta esmagaria a demanda em um momento de desaceleração da economia da China.
O boom de crédito do primeiro semestre do ano ajudou a escorar uma ampla recuperação, mesmo que os estoques portuários tenham avançado ao seu nível mais alto desde 2014. "A volatilidade vista desde o início de 2016 quase faz o setor ferroso parecer o de alguma outra commodity", escreveram os analistas.
As medidas de estímulo de Pequim sustentarão os preços do minério de ferro por mais 12 meses porque o aumento da liquidez se transferirá à produção maior de aço, disseram analistas da Sanford C. Bernstein em um relatório, na quarta-feira.
Embora um dólar mais forte do que o esperado possa provocar uma reação pessimista nos mercados de aço e de minério de ferro, a postura dovish do Federal Reserve e os estímulos fiscais das maiores economias poderiam justificar os estoques portuários mais elevados e apoiar os preços à vista atuais por mais tempo, escreveram os analistas do Goldman.
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