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Deutsche Bank volta às opções de CDS na Europa, dizem fontes

Katie Linsell e Alastair Marsh

29/07/2016 11h56

(Bloomberg) -- O Deutsche Bank AG está voltando a uma área do mercado de derivativos de crédito na Europa da qual havia saído quase totalmente em 2014.

Pela primeira vez em mais de 18 meses, o maior banco da Alemanha retomou a negociação de opções de índices de credit default swaps, de acordo com duas pessoas com conhecimento da situação, que pediram para não serem identificadas por não terem autorização para falar sobre o assunto.

O Deutsche Bank parou de comprar e vender a maioria dos CDS de empresas individuais no final de 2014, quando dispensou 10 traders de crédito em Londres, incluindo profissionais especializados em índices e opções. Na quarta-feira, o CEO John Cryan sinalizou que talvez tenha de aprofundar os cortes de custos, uma vez que o lucro do segundo trimestre foi quase zerado por custos com reestruturação e pela queda na negociação de ativos financeiros.

Charlie Olivier, um porta-voz do Deutsche Bank em Londres, se recusou a comentar a atividade do banco na negociação de opções de índices de crédito.

Cryan vem reduzindo ativos arriscados, congelando a distribuição de dividendos e demitindo funcionários para elevar os níveis de capital e lucratividade. A receita do banco com negociação de ativos financeiros caiu 19 por cento no segundo trimestre em relação a um ano antes, enquanto nos EUA a receita agregada das cinco maiores corretoras com esse negócio aumentou 22 por cento.

O mercado global de derivativos de crédito contratados para cobrir dívidas encolheu para um volume bruto de US$ 12 trilhões em 22 de julho, comparado a US$ 14 trilhões um ano antes, segundo dados da Depository Trust & Clearing Corp. (DTCC).

O saldo líquido de contratos de opções, que dão aos investidores o direito, mas não a obrigação, de comprar um ativo a um preço fixo, diminuiu de US$ 114 bilhões para US$ 92 bilhões no mesmo período.