IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Dicas de design de interior de uma decoradora francesa

Sara Cristobal

19/09/2016 10h53

(Bloomberg) -- "Acho que a alma de uma casa é feita das coisas guardadas por anos e daquelas que os moradores compram quando viajam juntos", diz Christina Zeller, diretora artística da empresa de artigos de couro de luxo belga Delvaux.

Todos os fins de semana, Zeller deixa a sede de sua empresa, em Bruxelas, e se dirige ao seu apartamento de cinco quartos na aristocrática cidade de Neuilly-sur-Seine, a cerca de oito quilômetros de distância da região central de Paris. Construído no início do século 20, o edifício é feito do mesmo tipo de estrutura de armação de ferro intrincado da Torre Eiffel e sua fachada estilo Diretório acena para o movimento neoclássico do fim do século 17.

Zeller comprou o lugar 11 anos atrás com seu falecido marido, o decorador de interiores Eric Zeller, e alguns dos detalhes favoritos dela continuam tendo as influências dele: as portas de bronze e carvalho que ele desenhou, a mistura eclética de móveis antigos e do designer Christian Liaigre, uma poltrona méridienne de Ludwig Mies van der Rohe e um enorme esqueleto dourado de um peixe que eles compraram na loja da Givenchy na Avenida George V, em Paris. (Zeller foi a principal designer de acessórios da marca por quase uma década antes de mudar-se para a Delvaux). "Eu adoro esse peixe e meu marido também gostava", diz ela.

Zeller é uma ávida colecionadora de joias de países como o Quênia, onde mantém outra casa, e também de pratos Astier de Villatte e outros apetrechos que ela usa para organizar jantares para até 30 pessoas.

"Sou uma péssima cozinheira, mas gosto de cozinhas grandes porque acho que é sempre um espaço para se estar com os amigos", diz ela. "Eu gosto de decorá-la como um cômodo normal, não como um cômodo a ser escondido". As duas pinturas do tipo mosaico foram adquiridas das paredes de um restaurante em Marrakech. O cômodo favorito de Zeller é o hall de entrada, ou a "galeria". É a coluna vertebral do apartamento, e está decorada com pinturas de Léon Belly e um par de esculturas de cavalos de ferro de Carlos Mata.

Zeller planeja continuar enchendo a casa com os objetos que acumula. "O resultado não é algo que você faz em 10 anos", diz ela. "Acho que o resultado é algo que você faz em 35 anos."