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Ganha US$ 100 mil por ano? Sua conta bancária deve estar vazia

Polly Mosendz

20/09/2016 14h32

(Bloomberg) -- É difícil sentir pena de alguém que ganha um salário de seis dígitos, mas uma nova pesquisa tenta angariar alguma simpatia para as contas bancárias vazias das pessoas que recebem salários altos.

Quase metade dos americanos que ganham entre US$ 100 mil e US$ 149 mil por ano tem menos de US$ 1.000 em suas poupanças. Cerca de 18% deles não economizam absolutamente nada.

O estudo do site de serviços financeiros GoBankingRates concluiu que aqueles que ganham mais de US$ 150 mil por ano não se saem muito melhor: cerca de 29% têm menos de US$ 1.000 na poupança e 6% não economizaram absolutamente nada. O estudo consultou 7.052 americanos no início de agosto.

"Não importa se estão ganhando US$ 30 mil ou US$ 300 mil por ano -- as pessoas parecem não saber como gastar menos do que ganham", disse o planejador financeiro Michael Hardy sobre as conclusões do estudo.

Aqueles com mais dificuldades para economizar são os trabalhadores de baixa renda, cujo custo de vida básico supera seus salários, o que torna mais difícil economizar. Apenas 11% daqueles que ganham menos de US$ 24.999 por ano tinham mais de US$ 10 mil em suas cadernetas de poupança.

A maioria, 38%, não havia economizado nada, e 35% economizaram menos de US$ 1.000. Daqueles que ganham entre US$ 25 mil e US$ 49 mil por ano, 72% não tinham nada ou tinham menos de US$ 1.000 na poupança.

Mas há uma boa notícia no estudo. Os integrantes mais velhos da geração Y -- aqueles com idade entre 25 e 34 anos -- são ligeiramente melhores na hora de economizar do que seus pares da Geração X.

Enquanto 10% dos membros da Geração X tinham de US$ 5.000 a US$ 9.999 no banco, 13% dos membros mais velhos da geração Y haviam economizado essa quantia, embora tenham estado menos tempo no mercado de trabalho.

Os integrantes da geração nascida após a Segunda Guerra Mundial, que tiveram mais tempo para economizar, superam de longe as demais gerações, já que 23% economizaram mais de US$ 10 mil. Apenas 8% dos jovens da geração Y podem dizer o mesmo. Mas não se pode culpá-los: a dívida estudantil excessiva dificulta muito a vida na hora de guardar dinheiro.