Análise: Futebol chinês ganha impulso com planos da Fifa para Copa
(Bloomberg) -- Gianni Infantino, o novo presidente da Fifa, tem planos ambiciosos. Mas eles são fáceis de executar e poderão contribuir ainda mais para os objetivos de alguns dos maiores patrocinadores da entidade que administra o futebol.
Para começar, Infantino promete investir US$ 4 bilhões para aumentar o número de participantes do futebol para 60 por cento da população mundial, contra 45% atualmente. E adivinha: ele não precisará gastar nada para isso. Se houver mais chineses com bolas de futebol nos pés, ele poderá atingir a meta em uma só jogada.
Coincidentemente, isso se encaixaria bem com a estratégia de Wang Jianlin, o segundo homem mais rico da China, cuja Dalian Wanda Group se tornou em março a maior patrocinadora da Fifa desde o escândalo de corrupção criminosa que arrasou a organização e levou à queda do presidente de longo tempo Joseph Blatter. Jack Ma, o homem mais rico do país, seguiu o exemplo e também cortejou a federação.
Ao anunciar uma injeção de dinheiro na autoridade do futebol, Wang afirmou que o fato de contar com vários patrocinadores "ajudará a China a apresentar sua candidatura para organizar a Copa do Mundo".
Isso ainda não ocorreu, mas outro dos objetivos expostos por Infantino na sexta-feira poderão pelo menos ajudar o país mais populoso do mundo a retornar à Copa do Mundo, da qual participou apenas uma vez, sem vencer nenhum jogo. O novo presidente planeja ampliar o número de seleções na competição das atuais 32 para 48.
Em 78º lugar no ranking da Fifa, a seleção da China ainda tem trabalho a fazer para chegar à Copa do Mundo, mesmo com o número maior de participantes. Mas, do ponto de vista estatístico, o aumento de 50% no número de lugares disponíveis aumenta as chances de sucesso do país.
É exatamente disso que Xi Jinping precisava. Fã de futebol confesso, ele declarou que o futebol é prioridade nacional e nutre a ambição de ver o país organizar e vencer a Copa do Mundo. Naturalmente, faz sentido que pessoas no setor privado o ajudem a chegar lá.
As derrotas recentes da seleção chinesa para a Síria (sério) e Usbequistão indicam que o time não tem mais como cair. A Fifa ainda enfrenta as consequências do escândalo de corrupção e precisa de apoiadores com bolsos cheios como os da China. Este é o começo de uma longa amizade.
Essa coluna não reflete necessariamente a opinião da Bloomberg LP e de seus proprietários.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.