Mineradoras buscam projetos de exploração de metais no Equador
(Bloomberg) -- A BHP Billiton, a maior companhia mineradora do mundo, e a Hancock Prospecting, da bilionária Gina Rinehart, são duas das produtoras de commodities que se reuniram para discutir uma possível participação em projetos de mineração e exploração no Equador, segundo o governo do país.
Ambas as produtoras conversaram com as autoridades sobre as perspectivas para fazer investimentos ou obter contratos de exploração, disse o ministro de Mineração, Javier Córdova Unda, em uma entrevista em Melbourne nesta terça-feira. Córdova se reuniu pessoalmente com a BHP, disse ele.
A BHP demonstrou interesse em vários projetos de cobre, inclusive em uma possível parceria com a companhia mineradora estatal Enami e a chilena Codelco em Llurimagua, o projeto conjunto de cobre e molibdênio delas, disse Córdova.
O presidente do conselho da Fortescue Metals Group, Andrew Forrest, visitou o Equador nos últimos meses e se reuniu com o vice-presidente, Jorge Glas, para discutir a exploração da empresa com sede em Perth, disse Raúl Gangotena, o embaixador do país na Austrália.
O programa de exploração da BHP inclui obras no continente americano e a produtora está em busca de parcerias, afirmou em comunicado enviado por e-mail a empresa, que preferiu não comentar nenhuma negociação específica.
A Fortescue, dona de propriedades no Equador, "continua realizando explorações iniciais de baixo custo e avaliando oportunidades comerciais na Austrália e internacionalmente", disse o CEO Nev Power em um comunicado. A Hancock Prospecting não deu retorno imediato a pedidos de comentários.
Corrida pelo cobre
As maiores companhias mineradoras estão correndo para conseguir projetos de exploração no Equador para aproveitar os depósitos não explorados de cobre e ouro do país porque a produção de minas envelhecidas, inclusive na América do Sul, está começando a diminuir. Projeta-se que o cobre cairá em um déficit de mercado por volta do final da década devido ao crescimento da demanda e à falta de operações novas suficientes.
Cerca de 10 por cento dos ativos do Equador foram explorados, por isso há oportunidades de realizar importantes descobrimentos, segundo Córdova. Além disso, o país modificou suas leis tributárias, criou um ministério de mineração e está atualizando a infraestrutura na tentativa de atrair investimentos, disse ele.
"Este é o momento perfeito para nós e para o setor", disse Córdova. "É o motivo pelo qual empresas como a BHP estão de olho, porque muitos dos projetos no Chile estão declinando e eles estão procurando novas oportunidades."
O Equador espera que as produtoras realizem investimentos de pelo menos US$ 8 bilhões em minas novas até 2024, segundo Córdova. "Eu acredito com firmeza que esses números serão muito mais altos", disse ele. "Agora estamos vendo muito interesse no Equador e isso é muito animador para nós".
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