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Goldman Sachs prevê riscos para emergentes em 2017

Elena Popina

21/11/2016 11h02

(Bloomberg) -- Será mais complicado investir nos mercados emergentes em 2017, segundo o Goldman Sachs.

O banco com sede em Nova York apresentou suas expectativas para os países em desenvolvimento em um relatório na sexta-feira. A seguir, alguns destaques:

1. Os riscos de baixa aumentaram depois que Donald Trump ganhou a eleição presidencial americana, o que significa que a alta dos títulos em moedas locais observada até esta altura do ano provavelmente não se repetirá, afirmou o Goldman Sachs.

Contudo, os investidores podem querer apostar em moedas menos expostas a políticas comerciais protecionistas. O banco recomenda apostar a longo prazo na moeda brasileira contra o minério de ferro. O peso chileno e o rand sul-africano também poderão se valorizar "significativamente" em 2017 e o déficit em conta-corrente dos países poderá encolher no ano que vem.

2. A lira turca e o ringgit malaio podem não ter um desempenho tão bom. O Goldman Sachs prevê uma "depreciação cambial descontínua se houver um mau humor nas taxas nos próximos 12 meses".

3. A estabilidade na China é o cenário padrão do Goldman Sachs, mas não é má ideia fazer hedge. Além da venda a descoberto do yuan onshore, o banco considera que faz sentido proteger-se contra os riscos de moedas asiáticas de baixo rendimento como o won sul-coreano, o ringgit malaio e o dólar de Cingapura.

4. O Goldman Sachs afirmou que os investidores devem se preparar para choques relacionados ao petróleo a curto prazo e para o risco de taxas de juros mais elevadas a longo prazo. O lado positivo, segundo o banco, é que os lucros corporativos deverão aumentar nos países em desenvolvimento.