Venda de maconha dispara para feriado de Ação de Graças nos EUA
(Bloomberg) -- A primeira tarefa é ir ao mercado comprar peru, batata doce ou uma torta. Depois, talvez, passar pela loja de bebidas para buscar uma garrafa de vinho para o jantar. E na sequência, dependendo de onde se vive, procurar algo para animar o Dia de Ação de Graças: um pouco de maconha.
O mercado de maconha para uso recreativo dos EUA atualmente tem valor estimado próximo de US$ 20 bilhões e está crescendo. Califórnia, Nevada, Massachusetts e aparentemente Maine decidiram em votação, neste mês, legalizar o uso recreativo de maconha, unindo-se a Colorado, Washington, Oregon, Alasca e Washington DC.
O crescente debate sobre o assunto pode levar ainda mais pessoas aos dispensários locais em um dos maiores dias de compras do ano, prevê Cy Scott, cofundador da empresa de análise de dados sobre maconha Headset, que tem sede em Seattle.
No ano passado, as vendas de maconha no dia posterior ao feriado de Ação de Graças -- conhecido no setor como Sexta-Feira Verde -- foram 13 por cento superiores às de uma sexta-feira comum, segundo análise dos dados de vendas dos dispensários de Washington. O serviço de encomenda de maconha Baker, com sede em Denver, viu o volume de pedidos dobrar na Sexta-Feira Verde do ano passado em comparação com um dia comum e prevê "um aumento muito mais significativo" neste ano.
"Nos estados onde o uso por adultos é totalmente legal, como Colorado e Oregon, as promoções de maconha perto da Black Friday são comuns e esperamos ver mais disso à medida que a proibição for acabando pelo país", disse Adam Bierman, cofundador da MedMen, empresa de consultoria de gestão sobre maconha.
E as vendas não sobem apenas na sexta-feira. A véspera do Dia de Ação de Graças também gera filas nas lojas que vendem maconha. O conjunto de dados sobre Washington analisado pela empresa de Scott apontou que as vendas aumentaram 27 por cento de maneira geral, levando a Headset a chamar a data de Quarta da Maconha. Em um resultado apropriado para o feriado, as vendas foram impulsionadas pelo consumo de alimentos e bebida; as lojas venderam 58 por cento mais produtos comestíveis e 72 por cento mais bebidas do que em uma quarta-feira comum. Os feriados do Memorial Day e de 4 de julho mostraram altas similares nas compras de alimentos e bebidas nos dispensários.
Na Kaya Cannabis, com sede em Denver, as promoções começaram na segunda-feira e vão até quarta-feira, disse a CEO Amanda Gonzalez. Em 2015, Gonzalez viu mais vendas nos dias que antecederam o feriado de Ação de Graças do que na Black Friday -- fato que ela atribui à concorrência dura das empresas de fora do mercado de maconha no infame dia de compras.
"Às vezes é um pouco estressante ver os familiares. Assim como algumas pessoas compram uma garrafa de vinho, outras buscam maconha para uso recreativo", disse ela. "Talvez isso torne aquele tio meio racista um pouco mais tolerável."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.