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Reino Unido reúne melhores alunos em escola de cibersegurança

Giles Turner

24/11/2016 11h39

(Bloomberg) -- Bletchley Park deverá receber novamente algumas das mentes mais brilhantes do Reino Unido -- mas desta vez elas tentarão proteger códigos ao invés de decifrá-los.

O antigo local onde códigos da Segunda Guerra Mundial foram decifrados será em breve a sede do National College of Cyber Security, segundo comunicado de quinta-feira.

O plano para o novo campus, que deverá abrir em 2018, foi anunciado pelo QUFARO --um novo órgão formado por atores importantes do setor de segurança cibernética, como o Museu Nacional de Computação do Reino Unido e as empresas BT Security e Raytheon.

O QUFARO também espera lançar um fundo de inovação de 50 milhões de libras (US$ 62,15 milhões) com foco no setor de cibersegurança.

O novo colégio será um internato para alunos de 16 a 19 anos e ficará no G-Block, um dos maiores edifícios da instalação de Bletchley Park, que está em condições precárias.

Localizado a cerca de 80 quilômetros de Londres, Bletchley Park era o polo dos decifradores de códigos do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Uma equipe eclética -- que incluía o cientista da computação Alan Turing -- ajudou a decifrar os códigos alemães Enigma e Lorenz e é amplamente creditada por ter encurtado o conflito.

Mais recentemente, uma série de empresas britânicas vem lidando com casos públicos de hackeamento, como o Tesco Bank, a empresa de telecomunicações do Reino Unido Three e a TalkTalk Telecom Group -- o que levou parlamentares a exigirem um esforço maior de melhora da segurança cibernética.

"Existem lacunas críticas de habilidades no setor de segurança cibernética", disse Stephanie Daman, diretora-executiva do QUFARO e CEO da Cyber Security Challenge U.K.