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Como ser otimista sobre o Reino Unido depois do Brexit

Chris Stokel-Walker

06/12/2016 20h09

(Bloomberg) -- A economia britânica demonstrou resiliência ao triunfo do Brexit e uma nova pesquisa dá alguns motivos para ser otimista sobre as perspectivas do país quando sair da União Europeia.

Este ranking é o único a fazer outras medições além das medições tradicionais de crescimento da produção econômica e dos salários. Os países são classificados segundo cinco indicadores conhecidos de sucesso para criar o chamado Indigo Score.

A Global Perspectives, uma revista acadêmica criada pela LetterOne, a divisão de investimento de Mikhail Fridman, avalia os países por estabilidade e estrutura legal; criatividade e inovação; diversidade econômica; robustez da economia digital; e liberdade. Os países recebem
pontuações mediante mais de 30 medições de potencial econômico, do número de pedidos de patenteamento até a prevalência de planos de telefonia celular.

De acordo com essas medições, publicadas hoje, o Reino Unido é o quinto colocado de 152 países. O líder é a Suécia, com boa pontuação em liberdade e estabilidade. Outros dois países nórdicos -Finlândia e Dinamarca - estão entre os cinco primeiros graças a notas altas em "criatividade e inovação". Os EUA ficaram em 18° lugar.

"Nesta nova era econômica, acreditamos que a principal fonte da riqueza de um país não é a renda obtida com recursos, mas a infraestrutura social que permite que cada pessoa desenvolva seu potencial intelectual e criativo", disse Stuart Bruseth, diretor da série na Global Perspectives.

O Reino Unido tem pontuações particularmente altas em criatividade e inovação - medidas, entre outras coisas, pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento, pelos padrões de educação terciária e pelas taxas de alfabetização.

Embora os rankings tenham sido compilados em meio à votação do Brexit e publicados depois do referendo, algumas das fontes de dados são anteriores à decisão.

A pesquisa e o desenvolvimento universitário e empresarial ainda podem correr riscos por causa do Brexit, que comprometeria o fluxo de pesquisadores e acadêmicos europeus que vão para o Reino Unido.

O capital humano é priorizado nos rankings, que valorizam a infraestrutura social e os recursos naturais mais tradicionais.

Há surpresas nesses dados. Os EUA, em 18º lugar, ficaram atrás da Estônia, da Áustria e do Canadá. Vinte países - entre eles a Eslovênia, a República Tcheca e a Costa Rica - foram mais bem classificados do que os EUA no quesito "liberdade".

Há menos surpresas na parte de baixo da tabela, onde estão o Chade, o Iraque e a Síria.

Para tomar nota: a Ucrânia (50ª colocada, com uma pontuação baixa em estabilidade geopolítica que contraria resultados relativamente bons em outras categorias) está ao lado da Rússia (em 51º lugar e em 22° no quesito liberdade). A economia vibrante e diversificada de Hong Kong (35°) está trinta lugares à frente da China, com uma pontuação em liberdade de um oitavo da média global.

A Namíbia, com um Indigo Score de 100,1 pontos, quase igualou a pontuação média de 100.