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AmEx oferece 20 semanas de licença parental a empregados nos EUA

Rebecca Greenfield

12/12/2016 13h47

(Bloomberg) -- Em uma jogada para impulsionar o recrutamento e a retenção, e manter-se em dia com seus pares corporativos, a American Express informou que oferecerá 20 semanas de licença remunerada para qualquer funcionário dos EUA, de qualquer gênero, que tenha filho por qualquer meio, incluindo adoção e barriga de aluguel. Além disso, as mães que derem à luz terão seis a oito semanas adicionais de licença médica remunerada.

O anúncio é um enorme avanço da empresa de cartões de crédito, que atualmente mantém disposições distintas para cuidadores primários e secundários de seis e duas semanas de licença remunerada, respectivamente.

Empresas como a AmEx estão disputando profissionais em um mercado de trabalho apertado, e a licença parental generosa sem distinção entre mães e pais, biológicos ou não, está lentamente substituindo as políticas de licença-maternidade e paternidade na maior parte dos setores competitivos. As empresas de tecnologia, em parte devido à dificuldade de recrutar e reter mulheres, têm liderado o caminho. A empresa Etsy, por exemplo, atualmente oferece 26 semanas remuneradas para todos os novos pais; o Netflix oferece até um ano.

Mas outros setores seguiram o exemplo rapidamente. O Bank of America e a Fidelity expandiram suas políticas de licenças no segundo trimestre deste ano.

"Estamos estudando o mercado mais de perto e vendo para onde ele está indo como um todo. Nós consideramos que 20 [semanas] é um passo generoso", disse Kevin Cox, diretor de Recursos Humanos da AmEx. "Nossos funcionários, de maneira geral, estão dizendo que querem mais ajuda e mais apoio. São pessoas ocupadas, com vidas ocupadas."

De fato, oferecer 20 semanas de licença remunerada para pais ou mães é impactante. Até mesmo gigantes do setor financeiro, como Morgan Stanley, Barclays e Goldman Sachs, oferecem apenas 16 semanas a cuidadores primários e muito menos a cuidadores secundários.

Mas a realidade geral é que a maioria dos trabalhadores dos EUA não conta com nenhuma licença familiar, embora o acesso ao benefício esteja aumentando regularmente. No ano passado, Nova York e São Francisco aprovaram leis sobre licenças familiares remuneradas e o presidente eleito Donald Trump disse em campanha que defenderia a licença remunerada de seis semanas para novas mães.

Enquanto isso, para permanecerem competitivas, as empresas estão travando uma corrida armamentista da licença parental. Segundo a Sociedade de Gestão em Recursos Humanos (SHRM, na sigla em inglês), 21 por cento das grandes corporações dos EUA ofereciam licença-maternidade em 2015, contra 12 por cento em 2014.

Ainda assim, o benefício é distribuído de forma desigual aos trabalhadores mais qualificados e a pessoas que vivem em cidades e estados com leis que tornam a licença obrigatória. Muitos setores e organizações ainda não oferecem licença remunerada. "O setor de manufatura tende a ser mais de empresas de pequeno e médio porte e elas não estão caminhando tão energicamente rumo à licença parental", disse Lisa Horn, que chefia a Workplace Flexibility Initiative da SHRM. "Há um aumento lento do número, algo que tomamos como um sinal positivo, mas há mais trabalho a ser feito nesse campo."