AmEx oferece 20 semanas de licença parental a empregados nos EUA
(Bloomberg) -- Em uma jogada para impulsionar o recrutamento e a retenção, e manter-se em dia com seus pares corporativos, a American Express informou que oferecerá 20 semanas de licença remunerada para qualquer funcionário dos EUA, de qualquer gênero, que tenha filho por qualquer meio, incluindo adoção e barriga de aluguel. Além disso, as mães que derem à luz terão seis a oito semanas adicionais de licença médica remunerada.
O anúncio é um enorme avanço da empresa de cartões de crédito, que atualmente mantém disposições distintas para cuidadores primários e secundários de seis e duas semanas de licença remunerada, respectivamente.
Empresas como a AmEx estão disputando profissionais em um mercado de trabalho apertado, e a licença parental generosa sem distinção entre mães e pais, biológicos ou não, está lentamente substituindo as políticas de licença-maternidade e paternidade na maior parte dos setores competitivos. As empresas de tecnologia, em parte devido à dificuldade de recrutar e reter mulheres, têm liderado o caminho. A empresa Etsy, por exemplo, atualmente oferece 26 semanas remuneradas para todos os novos pais; o Netflix oferece até um ano.
Mas outros setores seguiram o exemplo rapidamente. O Bank of America e a Fidelity expandiram suas políticas de licenças no segundo trimestre deste ano.
"Estamos estudando o mercado mais de perto e vendo para onde ele está indo como um todo. Nós consideramos que 20 [semanas] é um passo generoso", disse Kevin Cox, diretor de Recursos Humanos da AmEx. "Nossos funcionários, de maneira geral, estão dizendo que querem mais ajuda e mais apoio. São pessoas ocupadas, com vidas ocupadas."
De fato, oferecer 20 semanas de licença remunerada para pais ou mães é impactante. Até mesmo gigantes do setor financeiro, como Morgan Stanley, Barclays e Goldman Sachs, oferecem apenas 16 semanas a cuidadores primários e muito menos a cuidadores secundários.
Mas a realidade geral é que a maioria dos trabalhadores dos EUA não conta com nenhuma licença familiar, embora o acesso ao benefício esteja aumentando regularmente. No ano passado, Nova York e São Francisco aprovaram leis sobre licenças familiares remuneradas e o presidente eleito Donald Trump disse em campanha que defenderia a licença remunerada de seis semanas para novas mães.
Enquanto isso, para permanecerem competitivas, as empresas estão travando uma corrida armamentista da licença parental. Segundo a Sociedade de Gestão em Recursos Humanos (SHRM, na sigla em inglês), 21 por cento das grandes corporações dos EUA ofereciam licença-maternidade em 2015, contra 12 por cento em 2014.
Ainda assim, o benefício é distribuído de forma desigual aos trabalhadores mais qualificados e a pessoas que vivem em cidades e estados com leis que tornam a licença obrigatória. Muitos setores e organizações ainda não oferecem licença remunerada. "O setor de manufatura tende a ser mais de empresas de pequeno e médio porte e elas não estão caminhando tão energicamente rumo à licença parental", disse Lisa Horn, que chefia a Workplace Flexibility Initiative da SHRM. "Há um aumento lento do número, algo que tomamos como um sinal positivo, mas há mais trabalho a ser feito nesse campo."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.