Adobe se prepara para concorrência por marketing na nuvem
(Bloomberg) -- A Adobe Systems, que busca ampliar a sequência sem paralelos de cinco anos de alta de suas ações, vislumbra uma possível área de crescimento que colocará a empresa de software frente a frente com suas maiores concorrentes.
A companhia domina o campo de mídia digital com o software de gráficos e web design que gera cerca de dois terços dos US$ 4,8 bilhões em vendas anuais da Adobe. Agora a empresa está expandindo seu foco para os serviços de marketing -- campo onde competirá diretamente com Salesforce.com, Oracle, Alphabet e International Business Machines (IBM).
As rivais podem ser maiores, mas o CEO Shantanu Narayen está ampliando os investimentos e buscando parcerias para impulsionar a iniciativa após mostrar a Wall Street que a Adobe foi capaz de se transformar em uma empresa de computação em nuvem nos últimos anos. Ele atualizará os investidores na quinta-feira, quando a companhia anunciar seus resultados trimestrais.
Para se preparar para a batalha de vendas, a Adobe assinou acordo em setembro com a Microsoft para transformar os produtos de marketing corporativo da Adobe na opção preferencial do serviço de computação em nuvem Azure, da Microsoft.
"O negócio de marketing é uma oportunidade muito, muito grande", disse Mark Garret, diretor financeiro da Adobe. "Ter um parceiro como a Microsoft, com o alcance que eles têm, é uma tremenda ajuda."
A Adobe foi uma das primeiras empresas de software a mudar sua abordagem de vendas das licenças pagas uma única vez para as assinaturas, que permitem que os clientes utilizem seus produtos pela internet por meio da nuvem sem precisar instalar o software em seus computadores.
A mudança estratégica, atribuída a Narayen, deu à Adobe a flexibilidade de atualizar e melhorar seu software rapidamente e é citada como principal motivo para a alta de 366% das ações da empresa desde a mínima de US$ 22,69 registrada em agosto de 2011. A alta acumulada é a terceira maior no período dentro do S&P 500 Information Technology Sector Index, que conta com 67 membros, atrás apenas das fabricantes de chips Broadcom e Nvidia.
"A visão [de Narayen] de aumentar a criatividade, a tecnologia e a proliferação de telas fez com que mais pessoas consumissem mais conteúdo em mais lugares do que nunca", disse Dan Rosensweig, CEO da empresa de ensino on-line Chegg e membro do conselho da Adobe durante oito anos. "Foi a despedida do velho modelo de negócio."
Os investidores -- acostumados a verem a empresa superar as expectativas -- estarão atentos quando a Adobe anunciar os resultados fiscais do quarto trimestre. Os analistas preveem em média que o lucro ajustado por ação subirá quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as vendas deverão subir 22%.
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