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Torneio de basquete deixa funcionário mais produtivo nos EUA

Polly Mosendz

14/03/2017 18h38

(Bloomberg) -- Seja vendo sigilosamente as atualizações de placar pelo telefone, seja assistindo descaradamente a transmissão ao vivo dos jogos no computador, são grandes as chances de que os norte-americanos estejam acompanhando no trabalho a chamada Loucura de Março, ou March Madness, como é conhecido o campeonato da primeira divisão de basquete da Associação Atlética Universitária Nacional dos EUA (NCAA). E o chefe deles deveria incentivar a prática, segundo um novo estudo que promete aborrecer gerentes de todo o país.

As apostas no basquete universitário e os bolões do escritório tornam o trabalho mais agradável, apontou a pesquisa realizada com 1.200 adultos dos EUA no fim de fevereiro. Três quartos dos entrevistados disseram que ficavam mais ansiosos para ir trabalhar quando participavam de um bolão no escritório. A pesquisa foi realizada pela firma Research Now em nome da empresa de recursos humanos Randstad North America.

Talvez não surpreenda que os participantes dos bolões tenham maior probabilidade de trabalhar um pouco menos: 76 por cento disseram que verificam o placar durante o horário de trabalho e um pouco mais da metade dos entrevistados assiste ao jogo.

Mas acompanhar o torneio, também conhecido como Big Dance, no horário de trabalho não necessariamente torna o funcionário menos produtivo ou valioso. O aumento da felicidade é um tipo de moeda de escritório, segundo um experimento de 2015 que apontou que os funcionários felizes são, em média, 12 por cento mais produtivos que os infelizes. Outro estudo apontou um aumento médio de 31 por cento da produtividade entre os funcionários satisfeitos.

Os trabalhadores que participam de apostas ou bolões no escritório também tendem a se conectar entre si. Metade dos entrevistados se reuniu depois do trabalho para assistir aos jogos do March Madness e 39 por cento informaram que ficaram mais próximos de algum colega como resultado do bolão.

A amizade no escritório, desde que dentro dos limites, é boa para os lucros. Alguns economistas avaliam o fato de ver um amigo todos os dias como o equivalente, em termos de felicidade, a ganhar mais dinheiro, apontou um relatório de 2013.

Além disso, o que os empregadores poderiam fazer? De todos modos os funcionários acompanharão o placar disfarçadamente e assistirão "secretamente" às transmissões ao vivo, maximizando e minimizando a janela no computador, até o fim do torneio. Os empregadores poderiam aproveitar o evento para conseguir alguma aproximação. Isso até que saia uma briga quando algum azarão arruinar o bolão.