Pandora busca dinheiro e acordos melhores com gravadoras, dizem fontes
(Bloomberg) -- A empresa de streaming de música Pandora Media, que passa por dificuldades, tem pedido dinheiro ou melhores condições nos acordos com as gravadoras para ajudar a reverter os prejuízos e reduzir a pressão dos acionistas impacientes, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Executivos do alto escalão da Pandora levaram algumas propostas a seus pares das gravadoras, que vendem à Pandora os direitos a seus vastos catálogos de música, disseram as pessoas, que pediram anonimato por discutirem informações privadas. Além de pedir investimentos diretos dos selos, a Pandora tem buscado renegociar acordos de licenciamento para reduzir seus custos, disseram. É improvável que as gravadoras atendam aos pedidos, disseram as pessoas.
A Pandora não está ficando sem dinheiro. A empresa gera um caixa significativo com seu serviço de rádio on-line, que conta com 81 milhões de clientes. Contudo, a Pandora enfrenta uma enorme pressão para provar aos acionistas, em particular à investidora-ativista Corvex Management, que dias melhores virão. A Pandora preferiu não comentar o assunto e a Corvex não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado fora do horário comercial regular.
A Pandora vem perdendo usuários e sofrendo com a desaceleração do crescimento da publicidade porque serviços pagos como Spotify e Apple, além de opções gratuitas como o YouTube, arrebataram seus clientes.
A empresa está lançando o Pandora Premium, um novo serviço sob demanda com o qual espera conter novas saídas de clientes e converter milhões de usuários de seu produto gratuito em assinantes pagantes.
A companhia perdeu US$ 345 milhões no ano passado, mais que o dobro dos prejuízos do ano anterior. A Pandora teve que pagar pelos direitos musicais necessários para oferecer um serviço sob demanda, depois investiu mais dinheiro para desenvolver a tecnologia para esse serviço e vendê-lo.
A Pandora vem pedindo ajuda de seus principais parceiros e ao mesmo tempo adiando o prazo para declarações de procuração, que os acionistas poderiam usar para promover mudanças no conselho da companhia. A Corvex, segunda maior acionista da Pandora, vem agitando por mudanças, o que inclui uma possível venda, e poderia buscar mais influência no conselho se sentir que não está sendo ouvida. Dois diretores tentarão a reeleição na próxima assembleia de acionistas da companhia -- o CEO Tim Westergren e Tony Vinciquerra, um executivo de mídia de preferência da Corvex.
A Pandora vem oferecendo atualizações à Corvex sobre o avanço de seus serviços de streaming por meio de acordos confidenciais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto no mês passado. A Matrix Capital Management, a maior acionista da Pandora, também está ficando impaciente, segundo outra pessoa familiarizada com o assunto. A Matrix não respondeu imediatamente a um pedido de comentário após o horário comercial normal na quinta-feira.
A empresa de rádio por satélite Sirius XM Holdings e sua sócia majoritária, a Liberty Media, demonstraram interesse em adquirir a Pandora. Contudo, a Sirius e a Liberty, controlada pelo bilionário John Malone, não ofereceram um preço satisfatório ao conselho da Pandora. A Sirius e a Liberty não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
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