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Segredos da maior coleção de gin do mundo

Bennett Marcus

26/04/2017 14h48

(Bloomberg) -- Para quem visita Cingapura, uma viagem ao Long Bar do hotel Raffles é um rito de passagem, um lugar onde é possível sentar-se em um banco estofado e tomar um Singapore Sling cor de cereja no edifício de 130 anos cujo nome homenageia o fundador da cidade-estado.

Mas há uma nova opção à disposição. O Atlas, que fica no edifício que os moradores locais chamam carinhosamente de "prédio do Batman" devido às semelhanças com a Torre Wayne de Gotham City, se gaba de ter a maior coleção de gin do mundo. Sua dona, Vicky Hwang, acredita que após cinco meses de reforma e dois anos de planejamento o espaço Art Déco de 690 metros quadrados poderá rivalizar com o Raffles graças a um amplo cardápio com 1.011 garrafas, número que só deve aumentar.

O menu de drinques do Atlas está atualmente em processo de elaboração, mas já se estende por 60 páginas, e sem notas de degustação (o bar espera terminar o cardápio em maio). Dentro, você pode encontrar o Ki No Bi Kyoto Dry Gin, produzido na primeira destilaria dedicada ao gin do Japão, no sul de Kyoto, usando produtos botânicos japonesas como folhas de sansho, kinome e casca de yuzu. Se você prefere um estilo mais seco, experimente o Forest Dry Gin Quersus, um clássico gin belga envelhecido em um antigo barril de vinho branco Montrachet que possui notas de pera, lavanda e especiarias.

Para Jason Williams, mestre de gin do Atlas, esta é "uma das maiores, mais diversificadas e mais cuidadosamente escolhidas coleções físicas de gins de qualidade do mundo". Entre eles está o Pollination Gin, que é feito na Dyfi Distillery, na região central do País de Gales, usando elementos botânicos retirados da reserva da biosfera de Dyfi, reconhecida pela Unesco. Outro, chamado Gin La República Andina, é um gin boliviano destilado a 4.000 metros acima do nível do mar que utiliza ingredientes andinos como ulupica, huacataya, quirquiña e k'hoa.

Um fator comum a todas as garrafas da coleção é sua força. Cada uma delas tem pelo menos 40 por cento de teor alcoólico, segundo Williams. "O gin é melhor quando é mais forte. Você sente os elementos botânicos como em um perfume."

O melhor da coleção é exibido na torre de gin de três andares com colunas de madeira esculpida e prateleiras de vidro que são a peça central da sala.

Na encarnação anterior do lugar, a torre era um refrigerador de vinhos. Quando um cliente escolhia uma garrafa das prateleiras mais altas, uma bartender "angelical" colocava um par de asas antes de ser elevada às alturas por meio de um sistema de roldanas para tirar a garrafa da prateleira. "Na época era incrível. Doze anos depois, começou a parecer um pouco espalhafatoso", disse Hwang.