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Estratégia de corte de custos impulsiona lucro da Petrobras

Peter Millard

11/05/2017 18h38

(Bloomberg) -- (Traduzido por Google e revisado por editores da Bloomberg.)

A estratégia de redução de custos da Petrobras parece estar funcionando, já que a empresa conseguiu um aumento no lucro, mesmo que o crescimento da produção tenha desacelerado.

O esforço de Pedro Parente para simplificar as operações e reduzir a dívida ajudou a empresa a obter lucro líquido de R$ 4,45 bilhões no segundo trimestre, o melhor resultado em dois anos. Seu desafio é continuar fazendo bons negócios para vender ativos e levantar dinheiro.

"A grande história para a Petrobras continua sendo a de desalavancar e poder monetizar ativos em tempo hábil", afirmou Chris Kettenmann, estrategista-chefe de energia da Macro Risk Advisors, em entrevista por telefone em Nova York. "Isso continua a ser o ponto focal do mercado."

A abordagem da Parente ajudou o valor de mercado da empresa mais do que o dobrar no ano passado, embora o rali da ação tenha parado desde que a venda de ativos, incluindo o negócio com a Brookfield, foi contestada judicialmente. No entanto, os rendimentos dos títulos da empresa estão em declínio constante, sinalizando a crescente confiança dos investidores no novo CEO. Eles caíram para o mais baixo em mais de dois anos no mês passado.

A produção caiu depois de atingir um recorde em dezembro, quando plataformas offshore que bombardeiam petróleo e gás de algumas das maiores descobertas do Brasil passaram por manutenção anual. A empresa descobriu cerca de 45 bilhões de barris em depósitos situados a várias milhas sob o leito do mar no meio do Oceano Atlântico, e Parente fez do desenvolvimento dessas reservas sua prioridade, ao mesmo tempo em que procurava lançar outros ativos para arrecadar dinheiro.

O produto da venda de ativos registrado no primeiro trimestre foi de um pagamento parcial para a Nova Transportadora do Sudeste, uma distribuidora de gás natural na região mais industrializada do Brasil que a Brookfield e outros investidores concordaram em comprar por US$ 5,2 bilhões.

A Petrobras revisou seu plano de venda depois que o Tribunal de venda do Brasil exigiu mais transparência na seleção de licitantes. A empresa pretende levantar US$ 21 bilhões até o final de 2018 a partir de vendas de ativos. Parente planeja colocar 40 ativos em oferta que valem cerca de US$ 42 bilhões, disse 01 de maio em uma entrevista.

As vendas potenciais incluem uma participação em um grupo de campos petrolíferos africanos e a refinaria de Pasadena no Texas, disse a Petrobras nesta semana. A empresa também está retomando os esforços para vender a BR Distribuidora e campos de petróleo não-estratégicos, incluindo concessões onshore e campos de águas rasas nos estados de Sergipe e Alagoas que foram suspensas pelo tribunal de auditoria no final de 2016, disse o CFO Ivan Monteiro no início deste ano.

O lucro do trimestre foi uma enorme melhoria em relação a uma perda de R$ 1,25 bilhão no ano anterior.