Eli Lilly faz teste bem-sucedido com remédio para enxaqueca
(Bloomberg) — Uma droga experimental da Eli Lilly & Co. reduziu significativamente o número de enxaquecas dos pacientes em uma série de testes em fases finais, e o medicamento ficou mais perto da aprovação em uma área competitiva do setor.
Em todos os três estudos, os pacientes que tomaram a droga da Lilly, galcanezumab, tiveram cerca de dois dias a menos de enxaquecas episódicas e crônicas no decorrer de um mês, em comparação com aqueles que tomaram placebo, informou a companhia na quinta-feira em comunicado. A Lilly planeja pedir aprovação para o medicamento à Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA no fim do ano.
A Lilly, que tem sede em Indianápolis, disputa contra empresas farmacêuticas como Teva Pharmaceutical Industries, Amgen e Alder Biopharmaceuticals para desenvolver tratamentos para a enxaqueca usando uma abordagem conhecida como anti-CGRP. As drogas bloqueiam a proteína CGRP, que, acredita-se, tem um papel importante para as dores e as enxaquecas.
As drogas deverão criar um mercado multibilionário em dólares se forem aprovadas pelos órgãos reguladores e podem ter desempenho superior a medicamentos mais antigos e genéricos contra a enxaqueca e ao tratamento antirrugas Botox, da Allergan, que também é usado para tratar episódios da dor. A projeção dos analistas é que a droga da Lilly registrará cerca de US$ 480 milhões em vendas em 2021, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os pacientes dos estudos Evolve-1 e Evolve-2 da Lilly sofriam de enxaquecas episódicas, e aqueles do estudo chamado Regain tinham enxaquecas crônicas. Para se qualificarem, os pacientes dos estudos Evolve precisavam ter entre quatro e 14 dias de enxaquecas por mês, enquanto o estudo Regain começava com uma média de 19,4 dias de enxaqueca por mês.
O efeito colateral mais comum dos três estudos foi dor e outras reações no local onde o medicamento foi injetado, informou a companhia.
A Lilly também avalia usar o galcanezumab para tratamento de cefaleia em salvas, e os resultados das fases finais de testes são esperados para o ano que vem.
As enxaquecas estão entre os distúrbios neurológicos mais comuns. Cerca de 38 milhões de pessoas nos EUA, a maioria mulheres, sofrem sintomas que vão além da dor de cabeça, variando de vômitos à perturbação da visão, segundo a Fundação de Pesquisa sobre Enxaqueca (MRF, na sigla em inglês).
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