Dória diz que concorreria à presidência se escolhido em prévias
(Bloomberg) -- O prefeito de São Paulo, João Dória, disse que disputaria a presidência da República no ano que vem se fosse escolhido no processo de prévia de seu partido.
Indagado se aceitaria a nomeação do PSDB durante entrevista na sede da Bloomberg, em Nova York, Dória respondeu: "respeitando a democracia, por que não?"
A declaração foi o indicativo mais claro até o momento de que Dória considera a possibilidade de concorrer à presidência. Na condição de político popular, mas pouco testado, que ganhou sua primeira eleição no ano passado, Dória antes evitava a pergunta sobre se concorreria ao cargo mais elevado do País.
Os investidores estão acompanhando de perto as notícias sobre a eleição de 2018 para medir as chances de vitória de um azarão capaz de desfazer parte das medidas favoráveis ao mercado adotadas pelo governo atual. Após a pior recessão econômica da história e um escândalo de corrupção que custou bilhões de reais aos contribuintes, as pesquisas de opinião sobre a disputa presidencial do ano que vem mostraram que os eleitores estão evitando muitos dos políticos tradicionais do País e preferindo candidatos de fora da política.
Na entrevista, Dória, ex-apresentador de TV e empresário de 59 anos, enfatizou sua lealdade ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu mentor político, que na segunda-feira indicou que também estuda a possibilidade de participar da disputa presidencial.
Uma pesquisa do Datafolha realizada no fim de abril apontou que Alckmin tinha níveis significativamente mais baixos de apoio que Dória, que ganhou a eleição para prefeito da maior cidade do Brasil em outubro do ano passado. Naquela disputa, Alckmin ignorou os caciques do partido para garantir que o PSDB realizasse eleições primárias para determinar seu candidato. Dória e Alckmin defendem a necessidade de realizar um processo de seleção similar para definir o nome do partido que disputará o Palácio do Planalto em 2018.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atualmente lidera as pesquisas de opinião para 2018. Dória minimizou as chances de retorno de Lula, afirmando que a imensa maioria dos brasileiros estava contra ele e seu partido, como mostrado pelas manifestações massivas a favor do impeachment de Dilma Rousseff, sucessora escolhida a dedo por Lula.
"Não há o que temer no futuro do Brasil", disse ele. "Nem Lula põe medo no Brasil."
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