Boeing supera Airbus com demanda asiática por 737 mais longo
(Bloomberg) -- A Boeing dominou o fluxo de negócios no Salão Aéreo de Paris, superando a rival Airbus graças à demanda asiática pelo novo Max 10, a versão maior de seu avião 737.
A fabricante de aviões dos EUA garantiu encomendas e demonstrações de interesse para cerca de 350 jatos avaliados em US$ 48 bilhões até a manhã de quarta-feira, contra um total de 229 aviões por US$ 24 bilhões da Airbus. Ambas as fabricantes deverão conseguir mais contratos de venda, mas a Airbus basicamente já reconheceu a derrota neste ano, afirmando que está concentrada em cumprir as metas de entregas para compensar dificuldades na produção em vez de procurar novos compradores.
O Boeing 737 Max 10 de corredor único, lançado para combater o campeão de vendas Airbus A321neo, garantiu 256 compromissos, incluindo conversões de pedidos existentes. Muitos negócios são tentativos, mas o volume geral superou o total de US$ 50 bilhões registrado na edição de 2016 do salão de Farnborough, Inglaterra, que foi o menor valor desde 2010. Os compradores asiáticos se mostraram particularmente ativos em um momento em que se preparam para uma aceleração da expansão das viagens. A situação contrasta com a compra relativamente restrita dos saturados mercados dos EUA e da Europa.
"Nunca vimos uma mudança demográfica como essa no mundo, em termos de escala e também de poder de compra", disse Domhnal Slattery, CEO da Avolon, depois que a terceira maior locatária do mundo encomendou US$ 8,4 bilhões em aviões Boeing. "Estamos respaldando essa tendência global."
À empresa de leasing, atualmente de propriedade da Bohai Capital Holding, com sede em Pequim, uniram-se outros compradores asiáticos de aviões Boeing, como a indiana SpiceJet, a aérea chinesa Okay Airways, a Japan Investment Adviser e a BOC Aviation. O braço de leasing do Banco de Desenvolvimento da China assinou contratos para a compra de aviões tanto da Airbus quanto da Boeing.
Pedidos à Airbus
A carteira de pedidos firmes a entregar da Airbus mais que dobrou em dois anos, para mais de 6.700 aviões, e em vez de buscar novas encomendas, a prioridade da empresa é acelerar as entregas após atrasos de produção da série A320neo e do avião de fuselagem larga A350, disse Fabrice Brégier, diretor de operações da fabricante, a investidores, em conferência, na quarta-feira. A companhia com sede em Toulouse, na França, ainda planeja entregar aos clientes neste ano cerca de 30 aviões a mais do que em 2016, o que significa que a empresa precisará acelerar o trabalho no segundo semestre, disse ele.
A Boeing informou que a demanda por modelos de corredor único e de jatos de fuselagem larga continua firme, apesar da preocupação em relação à turbulência econômica e política no Oriente Médio e dos baixos preços dos combustíveis, que desestimulam o investimento em aeronaves mais eficientes.
"Continuamos vendo muita força no mercado", disse o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, prevendo que as novas encomendas deverão basicamente igualar as entregas neste ano. "Acho que há certo potencial de aumento nesta semana" no Salão de Paris.
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