DSM quer expandir negócio de nutrição animal no Brasil
(Bloomberg) -- Mesmo admitindo o momento desfarovável no Brasil, a holandesa DSM prevê ampliar os investimentos no segmento de nutrição animal no país nos próximos anos.
A empresa, que também possui negócios nas áreas de saúde e plásticos, deve investir cerca de 260 milhões de reais até 2019 para expandir a produção e construir uma nova unidade de pesquisa no Brasil, afirmou David Blakemore, chefe da divisão de alimentação animal, em entrevista.
A DSM foi indiretamente afetada pelos escândalos que abalaram o setor de carnes nos últimos meses -- o preço do boi gordo registrou a maior queda em quase duas décadas neste ano em meio a interrupções nas exportações. Só a operação Carne Fraca teve um impacto de aproximadamente 20 milhões de euros nas vendas da DSM no segundo trimestre, de acordo com o último balanço da companhia.
"O curto prazo está um pouco complicado", afirmou Blakemore, por telefone, citando o momento econômico adverso e as turbulências políticas que o país atravessa. O executivo ponderou, contudo, que as perspectivas de longo prazo continuam "excelentes" para o setor no Brasil, maior exportador mundial de carne bovina e de frango. "É uma maratona, não uma corrida de 100 metros".
A DSM investiu um total de 100 milhões de reais no país nos últimos dois anos, tendo recentemente inaugurado uma nova linha de produção em sua unidade de Mairinque. Em 2012, a companhia já havia investido US$ 576 milhões na aquisição da Tortuga, uma fabricante de suplementos para gado, a fim de reforçar sua operação de nutrição animal no país.
A DSM, que obtém cerca de 13% de suas vendas na América Latina, está aberta a mais aquisições na região, já que o setor de nutrição animal -- particularmente na pecuária bovina -- ainda está altamente fragmentado, disse Blakemore. Atualmente, a empresa possui uma participação de 30% no mercado de nutrição bovina no Brasil.
"Isso certamente está no radar", disse Blakemore.
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