Cobre se aproxima de US$ 7.000 apesar de míssil norte-coreano
(Bloomberg) -- Os metais de base subiram de uma forma generalizada, inclusive o cobre para três meses que atingiu o maior patamar em quase três anos em Londres, porque os investidores ignoraram o sentimento de aversão ao risco desencadeado por um teste de mísseis da Coreia do Norte e se concentraram na perspectiva de melhora da demanda chinesa e de um dólar mais fraco.
Com a retomada das negociações na Bolsa de Metais de Londres (LME, na sigla em inglês) após um intervalo de um dia, o cobre chegou a subir 2,2 por cento, para US$ 6.814 a tonelada, e era negociado a US$ 6.785 às 8h21 em Londres. O níquel subia 3,1 por cento, para US$ 11.840 a tonelada, maior nível desde novembro, e o estanho, o zinco, o chumbo e o alumínio também avançaram.
Os metais subiram nos últimos 12 meses porque os investidores reavaliaram as perspectivas de consumo na China. O rali foi reforçado pelo dólar mais fraco e o indicador da moeda dos EUA está perto do nível mais baixo desde 2015, o que deixa as commodities precificadas na moeda norte-americana mais baratas para os compradores em outras moedas. Na segunda-feira, quando a LME permaneceu fechada, o cobre fechou em Nova York no maior nível desde outubro de 2014 após atingir mais cedo o maior patamar em quatro anos em Xangai.
'Lado otimista'
"O sentimento geral ainda tende para o lado otimista", disse Wei Lai, analista da Cofco Futures, de Xangai. "O cobre está se recuperando com os ganhos do comércio exterior. O níquel também está se recuperando em relação a outros metais em meio ao recente crescimento da demanda das usinas de aço inoxidável." O níquel subiu 25 por cento neste trimestre e registra o melhor desempenho do Bloomberg Commodity Index, formado por 22 membros.
O LME Index de seis metais primários fechou um sétimo ganho semanal seguido na semana passada e registrou a mais longa sequência de alta desde 2006. O indicador parece estar pronto para um novo aumento na terça-feira, mesmo depois de a Coreia do Norte disparar um míssil que cruzou o Japão, o que aumentou a demanda pelo ouro e prejudicou as ações asiáticas.
Alerta do Barclays
Apesar de o cobre ter reagido -- com os futuros da Comex agora acima de US$ 3 a libra --, existe ceticismo por parte de alguns de que o avanço será duradouro. "O cobre acima de 300 c/lb [centavos de dólar por libra] está sobrevalorizado e insustentável", disse Dane Davis, analista do Barclays, em nota recebida na terça-feira. Ainda assim, os fundamentos de apoio de curto prazo, incluindo interrupções na Zâmbia, e as condições favoráveis de importação da China tornam uma forte reversão imediata improvável, segundo Davis.
Na terça-feira, a Freeport-McMoRan fechou acordo para desinvestir uma participação majoritária em sua unidade indonésia para conseguir uma licença de longo prazo para operar sua principal mina de cobre, a Grasberg, a segunda maior do mundo. O anúncio da empresa dos EUA e do governo surge após um mês de disputa.
O alumínio subiu 0,8 por cento na LME, para US$ 2.087 por tonelada. A China, maior produtora do mundo, está combatendo o excesso de oferta ordenando fechamentos de plantas e aparentemente tende a cumprir suas promessas, já que o governo está se esforçando para ter um céu mais limpo, segundo a Wood Mackenzie.
--Com a colaboração de Winnie Zhu
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