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Gêmeo maligno de BB-8, de US$ 150, ajuda Disney a contra-atacar

Christopher Palmeri

04/09/2017 12h02

(Bloomberg) -- Dois anos após um robô rolante de US$ 150 ter conquistado o coração dos fanáticos por "Guerra nas Estrelas", a Walt Disney aposta que os fãs desembolsarão o mesmo preço pelo gêmeo obscuro e malvado do androide.

No cinema, o BB-9E enfrentará o amado BB-8 em um novo filme da série "Guerra nas Estrelas", que será lançado em dezembro pelo estúdio cinematográfico da Disney. O brinquedo, fabricado pela Sphero, faz parte de uma coleção de gadgets mais sofisticados que, segundo a Disney espera, ajudará a dar um impulso à unidade de produtos de consumo.

Prepare-se para o combo de US$ 200 que inclui headset e sabre de luz, desenvolvido por Disney e Lenovo Group, com o qual os consumidores poderão duelar e jogar xadrez holográfico; para os drones de combate da Propel, de US$ 200; e para um kit robótico programável de US$ 100 fabricado pela littleBits Electronics.

"Todos esses produtos estão em uma faixa de preço mais alta, que nos ajudará a continuar expandindo nosso público", disse Jimmy Pitaro, presidente do braço de bens consumo da Disney. Pitaro disse que sua estratégia é oferecer mercadorias para clientes de todos os níveis de renda, a fim de chegar ao maior número possível de pessoas.

A Disney, com sede em Burbank, na Califórnia, está fazendo tudo o que está a seu alcance em prol da sua nova linha de produtos ligada ao filme "Star Wars: Os Últimos Jedi", que entrará em cartaz no dia 15 de dezembro. O lançamento incluiu revelações precoces de novos personagens, um grande foco em brinquedos de alta tecnologia e lançamentos de produtos em 20.000 lojas em todo o mundo em 1º de setembro, em um evento chamado de "Force Friday" (Sexta da Força).

Para a divisão do Pitaro, a maior operação de licenciamento do ramo de entretenimento do mundo, uma injeção de ânimo cairia bem. As vendas atingiram um pico com o lançamento de "Star Wars: O Despertar da Força" no final de 2015 e registram queda de 15 por cento nos primeiros nove meses deste ano fiscal, porque outros filmes infantis, como "A Bela e a Fera" e "Carros 3" não conseguiram provocar o mesmo aumento de vendas que os predecessores "Frozen: Uma Aventura Congelante" e "O Despertar da Força". Custos mais baixos permitiram que a unidade registre um lucro maior nos últimos dois trimestres.

A Disney, assim como outras empresas, percebeu que os consumidores modernos estão buscando experiências, não apenas coisas. A campanha de marketing deste ano inclui um recurso de realidade aumentada no aplicativo "Star Wars" que permite que as pessoas vejam imagens dos lutadores estelares no céu acima de 20 lugares do mundo, como a Torre Eiffel e o letreiro de Hollywood. Ele também permite que os compradores acompanhem imagens virtuais em lojas.

Há também uma iniciativa em prol de personagens femininos, em particular Rey, a heroína de "Os Últimos Jedi". A Hasbro lançou neste ano "Forças do Destino", uma linha exclusivamente feminina de bonecos articulados de 28 centímetros, a US$ 22 cada, com base em personagens de "Guerra nas Estrelas" que também aparecem em curtas-metragens disponíveis na internet.

--Com a colaboração de Anousha Sakoui