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BP e Bridas combinarão ativos de petróleo na Argentina

Alex Nussbaum

11/09/2017 15h30

(Bloomberg) -- A BP e a empresa de capital fechado Bridas combinarão seus negócios de exploração, refino e vendas de combustíveis no varejo na Argentina para formar a maior empresa de energia integrada privada da terceira maior economia da América Latina.

A nova companhia combinará a empresa de exploração de petróleo e gás natural Pan American Energy, a segunda maior produtora da Argentina, e a Axion Energy, proprietária de uma refinaria com capacidade para 90.000 barris por dia e de mais de 750 postos de combustíveis.

A nova empresa Pan American Energy Group será de propriedade conjunta, informou a BP, que tem sede em Londres, em comunicado nesta segunda-feira. A transação, que não envolve dinheiro, deverá ser concluída no início de 2018.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, vem cortejando corporações internacionais como Exxon Mobil e Total para conseguir os grandes investimentos necessários para o desenvolvimento dos depósitos de petróleo e gás de xisto do país.

O casamento oferece "oportunidades de geração de valor" em todos os negócios, inclusive o prolongamento da vida de produção "madura" e a expansão para o nascente campo de xisto de Vaca Muerta da Argentina, afirmou o CEO da BP, Bob Dudley, no comunicado. "Estes fatores se encaixam bem na estratégia da BP."

Dudley disse à Bloomberg TV em setembro do ano passado que vê um "enorme potencial" em Vaca Muerta e que preferiria investir nessa área do que na Bacia Permian, no Texas, que atraiu dezenas de bilhões de dólares em novos investimentos nos EUA nos últimos anos.

A propriedade da Pan American Energy atualmente é dividida em 60 por cento para a BP e 40 por cento para a Bridas. A Axion é de propriedade exclusiva da Bridas, que tem sede nas Ilhas Virgens Britânicas, e é uma joint venture entre a bilionária família argentina Bulgheroni e a chinesa CNOOC.

O novo empreendimento terá um conselho formado por oito pessoas, sendo quatro membros de cada acionista, que dividirão os direitos de nomeação de executivos importantes, segundo o comunicado.