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Hotel do aeroporto JFK em NY terá piscina no terraço

Nikki Ekstein

02/10/2017 15h21

(Bloomberg) -- Não há nada nem remotamente glamoroso em dormir em um hotel de aeroporto.

Mas daqui a cerca de 18 meses, a inauguração do TWA Hotel -- uma remasterização com 505 quartos do terminal Eero Saarinen do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, que parece uma nave espacial -- deverá mudar isso.

Os novos acabamentos e projetos de arquitetura da MCR Development, desenvolvedora e principal investidora do projeto, revelam aspectos novos e emocionantes do projeto. Incluem por exemplo um restaurante dentro de um jato TWA remodelado -- que data de 1962, como o próprio terminal -- e, como afirmou um representante à Bloomberg, uma piscina no último andar para os viajantes cansados.

A empresa, que também desenhou o High Line Hotel, outro projeto de reutilização adaptativa, em Chelsea, Manhattan, afirma que o objetivo principal é restaurar o prédio para que retorne à "condição da Era dos Jatos" depois que permaneceu inativo nos últimos 16 anos. Os novos planos mostram que a firma está fazendo muito mais do que isso.

Para os amantes de arquitetura, a verdadeira atração será o saguão e seu característico salão cavado, projetado originalmente por Saarinen. Os assentos do aeroporto, de vermelho-batom e instalados em cabines brancas, ficarão, mas os cinzeiros, antes onipresentes, irão embora, brincou Tyler Morse, CEO da MCR, durante apresentação a jornalistas e partes interessadas.

Também estão sendo restauradas as placas de informações de voos em formato oval do terminal, que antes mudavam a cada poucos minutos com a atualização das chegadas e partidas. A diferença é que os equipamentos agora são controlados por um aplicativo, com um novo mecanismo de painel capaz de exibir qualquer tipo de mensagem relevante, como por exemplo um recado personalizado de boas-vindas para os viajantes que efetuam check-in.

O saguão preencherá o centro do pavilhão estilo Jetsons, que poderá ser acessado por meio dos dois tubos originais que o conectam ao terminal 5 do JFK. Em torno de seu perímetro haverá oito bares e seis restaurantes -- um número surpreendente, embora não sem precedentes, de espaços públicos para um hotel de aeroporto.

E quanto aos 505 quartos? Eles preencherão duas torres curvas que atualmente estão sendo construídas do zero e que darão uma espécie de abraço no formato oval do edifício Saarinen. (As janelas terão melhor isolamento acústico que o padrão atual de vidro triplo; Morse se vangloriou dizendo que seu projeto pode vir a se tornar o hotel mais silencioso do mundo). Também incluirá 4.600 metros quadrados de espaços para conferências, eventos e reuniões -- imagine um casamento no terminal TWA! --, além de uma academia "nível Equinox", piscina no último piso, um museu temático sobre o TWA com exibições de uniformes vintage e da história da aviação de Nova York, e um deck de 930 metros quadrados para observação pública. Esta última atração, em particular, ressalta a possibilidade de permitir entradas diárias aos moradores locais ou a viajantes com longos tempos de escala; para preencher a infinidade de espaços do hotel, não bastarão os cancelamentos de voos no meio da noite.

"A estreia do TWA Hotel é uma ótima notícia para a comunidade do Queens e para o número crescente de viajantes que passa pelo Aeroporto Kennedy todos os anos", disse Robin Hayes, presidente e CEO da JetBlue Airways, a principal empresa aérea ocupante do T5, terminal vizinho ao hotel.