Alguns sauditas não estão prontos para as canções de amor
(Bloomberg) -- Em qualquer outro país provavelmente nem seria notícia: a transmissão de um antigo show de uma cantora lendária conhecida por suas baladas de amor.
Mas na Arábia Saudita, Umm Kulthum gerou uma polêmica nacional mais de 42 anos após sua morte. Assim que a emissora Thaqafiya TV anunciou que planejava exibir uma gravação em preto e branco de um show da cantora egípcia, as redes sociais explodiram com elogios dos fãs e alertas de críticos conservadores de que suas músicas levariam ao adultério e a outros pecados.
O caso expôs novamente como os esforços do governo para abrir um dos países mais rígidos do planeta continuam inquietando muita gente. Além do anúncio da semana passada sobre a permissão para que as mulheres dirijam, o que também gerou oposição, os sauditas estão sendo encorajados a abraçar o entretenimento.
A última polêmica não foi relacionada à cantora em si, um ícone na maior parte do mundo árabe. O alvo foi um canal administrado pelo governo que transmitiu um show pela primeira vez em mais de três décadas em um país onde clérigos importantes consideram a música proibida segundo a lei islâmica. Até recentemente, o proprietário de um restaurante poderia ser repreendido pela polícia religiosa por tocar música.
Alguns sauditas tuitaram éditos religiosos para explicar por que a música é pecaminosa. Um deles afirmou que os shows deveriam ser substituídos por leituras do Corão. Outro demonstrou receio de que a transmissão de shows seja seguida por ordens para que as mulheres removam o véu do niqab.
Vários, contudo, pediram mais. Eles gostariam de ver a estrela pop libanesa Haifa Wehbe, conhecida por seus clipes musicais sugestivos e roupas sexy, aparecer nas telas de TV sauditas.
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