Citi usa startup em iniciativa para se destacar entre clientes
(Bloomberg) -- O Citigroup foi além do discurso para tentar atrair seus próximos clientes de banco de investimento.
Em fevereiro, o banco criou uma competição para que as empresas de tecnologia elaborassem formas de ajudar os governos e outros clientes de sua divisão de banco de investimento voltada ao setor público. Na segunda-feira, a instituição nomeou a vencedora -- a AID:Tech, uma startup que ajuda a monitorar dólares de auxílio -- entre mais de mil ideias de mais de 70 países.
A iniciativa de um ano é o exemplo mais recente de como os bancos de investimento estão buscando formas mais criativas de se diferenciarem perante os clientes indo além da prática usual do discurso de venda. A esperança é que, ao atuar como intermediário de soluções como as da AID:Tech, os banqueiros sejam vistos pelos clientes como conselheiros confiáveis na hora de uma tarefa com pagamento de comissão, segundo Jay Collins, vice-presidente do conselho da divisão de setor público. Ajuda o fato de as soluções também melhorarem a sociedade, disse ele.
"É fundamental, ao trabalhar em alto nível, a relação com um conselheiro confiável, e não se constrói esse tipo de relação simplesmente chegando e tentando vender as transações", disse Collins, em entrevista. "Você chega e escuta os problemas do cliente. Às vezes você ganha dinheiro resolvendo esses problemas, às vezes não."
O programa foi uma colaboração entre Collins, a divisão para o setor público, dirigida por Julie Monaco, e membros da equipe de inovação do Citigroup. Eles começaram a trabalhar na ideia no ano passado e depois trouxeram parceiros, como as gigantes da tecnologia International Business Machines e Microsoft, além do Banco Mundial.
O Citigroup consultou clientes como governos locais e regionais, bancos centrais e fundos de investimento soberanos a respeito de seus problemas e depois colocou as respostas em categorias como melhora da segurança da informação, combate a crimes financeiros e redução da burocracia. Depois, convidou as empresas de tecnologia a encontrarem soluções.
A AID:Tech receberá US$ 100.000, além de conselhos e conexões com potenciais parceiros comerciais. A empresa usa a tecnologia blockchain para emitir identidades digitais e capturar dados de transações para contribuições enviadas por governos a refugiados ou a outras populações vulneráveis, segundo Rob Julavits, porta-voz do Citigroup. O prêmio foi apresentado durante cerimônia, na segunda-feira, nos escritórios do Fundo Monetário Internacional, em Washington.
A divisão do Citigroup voltada ao setor público criou raízes durante o mandato do vice-presidente da Federal Reserve, Stan Fischer, no banco, há mais de uma década. Como vice-presidente do conselho, entre 2002 e 2005, Fischer estimulou sua criação ao indagar por que a instituição não contava com uma equipe de executivos bancários dedicada a atender clientes do setor público, disse Collins.
O banco oferece conselhos a esses clientes sobre necessidades financeiras como privatização de empresas estatais, reestruturação de dívidas e gerenciamento de reservas de bancos centrais.
"Nós realmente criamos essa iniciativa para mostrar que temos essa plataforma, que temos capacidade de fazer isso e que isso agregará valor aos nossos clientes", disse Monaco, que chefia a divisão do setor público do Citigroup desde que foi transferida do negócio de serviços para transações, em 2013. "É provável que com o tempo tenhamos a oportunidade de fazer mais."
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