Maior consumo de manteiga nos EUA cria um bilionário
(Bloomberg) -- Os americanos renovaram seu caso de amor com a manteiga e a utilizam para besuntar espigas de milho e até mesmo para acrescentá-la ao café e a coquetéis.
O Departamento de Agricultura dos EUA projetou que o consumo de 2017 aumentará 10 por cento em relação ao ano anterior, atingindo 940.000 toneladas, o mais alto em meio século. O país vai devorar mais de 907 milhões de quilos de manteiga este ano, o equivalente a mais de 2,7 quilos por pessoa, e esse ressurgimento ajudou a transformar Dallas Wuethrich em bilionário. A Grassland Dairy Products, empresa fundada em 1904 por seu avô John, que fazia manteiga artesanalmente, produz cerca de um terço da manteiga dos EUA.
"Costumo dizer que não somos tão ricos porque está tudo na empresa", disse seu filho Trevor Wuethrich, 43, presidente da empresa com sede em Greenwood, Wisconsin. "Retiramos nossos salários, e se o desempenho for maior, reinvestimos esse excedente na empresa."
Dallas Wuethrich, 71, tem uma fortuna de US$ 2,2 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Ele não quis comentar seu patrimônio líquido.
Ele entrou na empresa em 1967 depois de frequentar a Universidade de Wisconsin-River Falls por três anos, de acordo com um perfil de 1974 da Grassland no jornal Tribune Record Gleaner, quando a empresa produzia entre 23.000 e 27.000 quilos de manteiga por dia, mais ou menos a trigésima parte da produção atual.
Wuethrich acabou fusionando os negócios de distribuição e fabricação da família e absorveu outros fabricantes de manteiga ao longo do caminho. Em 2005, a Grassland comprou a West Point Dairy Products, que controlava cerca de 10 por cento da produção dos EUA na época. No ano passado, ele adicionou a fabricante de manteigas especializadas Alcam e sua participação de mercado, de 1,5 por cento. Cerca de um terço da manteiga da Grassland é vendida com marcas próprias, e o restante é distribuído em partes iguais entre marcas privadas e remessas a granel para grandes padarias.
A Grassland recebe cerca de 2,3 milhões de litros de leite por dia de mais de 850 produtores, de acordo com a empresa, que lançou manteigas sem somatotropina bovina (rbST) para consumidores que se opõem ao uso de hormônios de crescimento bovino em rebanhos, bem como uma manteiga feita do leite de vacas alimentadas com uma dieta sem transgênicos.
O crescimento da empresa superou a florescente demanda de manteiga, que ainda está longe de atingir seu pico de mais de 8 quilos per capita, registrado no começo do século 20. A receita aumentou 46 por cento em cinco anos, para US$ 1,74 bilhão em 2016, de acordo com estimativas de vendas anuais feitas pela Dairy Foods Magazine. O índice da Bloomberg avalia a empresa comparando-a com as companhias de lácteos de capital aberto Saputo, Parmalat, Glanbia e Fromageries Bel.
--Com a colaboração de Pamela Roux
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