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China deve atingir pico de emissões de carbono em 2030, diz estudo

Bloomberg News

22/11/2017 09h41

(Bloomberg) -- As emissões de carbono da China provavelmente atingirão o pico em 2030 ou antes disso, aponta uma pesquisa com participantes do setor.

Cerca de 90 por cento dos 260 participantes, que são partes interessadas do mercado de carbono do país, deram essa previsão e mais da metade disse que o auge será alcançado no máximo até 2025, segundo a pesquisa conduzida por China Carbon Forum, ICF International e SinoCarbon Innovation & Investment entre março e julho.

Os resultados destacaram a confiança do setor nos esforços da China para cumprir o objetivo de limitar as emissões até 2030 em um momento em que o país está optando por energias renováveis e restringindo a energia gerada a partir do carvão. O país que é o maior investidor em energia limpa do mundo também prometeu criar um mercado nacional de carbono ainda neste ano para reduzir as emissões.

Quase 50 por cento dos participantes da pesquisa esperam que a China conclua o mercado de carbono até 2020 com todos os segmentos importantes em funcionamento e 44 por cento preveem que isso acontecerá entre 2021 e 2025.

Entre as respostas à pesquisa desde 2013, "vimos uma expectativa muito consistente de que o mercado de carbono da China estará em operação plena em torno de 2020", disse Dimitri de Boer, vice-presidente do China Carbon Forum, em entrevista coletiva, em Pequim. "Isso exige muito investimento em capacitação e no alinhamento de todas as partes interessadas."

Outras conclusões:

- O preço médio do carbono deverá chegar a 74 yuans (US$ 11) por tonelada em 2020, quase o dobro dos 38 yuans estimados para 2017. Em 2025, o preço pode subir para 108 yuans por tonelada;

- 38 por cento dos entrevistados estimam que as decisões de investimento em 2017 serão afetadas significativamente ou em certa medida pelo comércio de carbono. A fatia sobe para 75 por cento em 2025;

- Até 2025, a China passará a ter comércio de carbono, impostos ambientais, divulgação de informações e comércio de cotas de energia para reduzir as emissões;

- 95 por cento dos participantes da pesquisa disseram que é necessário haver legislações nacionais ou regulação do governo central para manter o cumprimento das regras de comércio de carbono;

- 61 por cento dos entrevistados pensam que o mercado de carbono da China será ligado a outros sistemas internacionais até 2030.