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É Bermudas, não Barbuda. Não deixe um erro estragar suas férias

Ezra Fieser

28/11/2017 12h02

(Bloomberg) -- As Bermudas escaparam incólumes da temporada de furacões de 2017. Foi o pouco conhecimento das pessoas a respeito da geografia do Caribe que as prejudicou.

Em setembro, enquanto o furacão Irma devastava Barbuda e o furacão José também provocava estragos por lá, as famosas praias de areia rosada das Bermudas eram banhadas pelo sol e recebiam uma brisa suave.

Independentemente de estarem a cerca de 1.600 quilômetros de distância entre si, e de as Bermudas nem sequer fazerem parte do Caribe, reportagens de diversas grandes organizações de mídia confundiram os nomes. Mais de 3.000 turistas cancelaram planos de viagem e autoridades das Bermudas foram despertadas por mensagens de textos de amigos dizendo "espero que você esteja bem!"

"Coletivamente, as Bermudas se perguntavam, 'o que é isso?'", disse Kevin Dallas, CEO da Autoridade de Turismo das Bermudas, em entrevista, por telefone. "Aquilo nos lembrou da importância da nossa estratégia de afirmar que, embora influenciadas pelo Caribe, as Bermudas estão separadas da região."

As Bermudas tentaram reafirmar que estavam abertas para os negócios por meio de promoções e canais de marketing, mas os relatos equivocados a respeito da destruição da ilha já haviam se espalhado pelo Twitter e pelo Facebook.

"O estrago já estava feito nas redes sociais", disse Dallas.

O arquipélago, que havia registrado 19 meses consecutivos de ganhos ano a ano no número de visitantes, teve um mês de setembro ruim, mas se recuperou em outubro. Como em muitas ilhas da região, o turismo é um dos principais empregadores e um motor econômico. O Caribe atraiu 29,3 milhões de turistas no ano passado que gastaram quase US$ 36 bilhões, segundo a Organização de Turismo do Caribe.