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Saudi Aramco afirma que captura de carbono é fácil e barata

Anna Hirtenstein

28/11/2017 13h56

(Bloomberg) -- Capturar e armazenar dióxido de carbono é uma forma fácil e barata de descarbonizar o setor de energia, segundo a maior petroleira do mundo.

"Precisamos começar a expandir esse método -- não é tão caro, está comprovado e sabemos que pode ser feito", disse Ahmad Al Khowaiter, diretor de tecnologia da Saudi Aramco, em painel de discussão, em Londres. "Imaginar um setor de petróleo sustentável no futuro, que libera energia, mas retém carbono, não é tão difícil e sabemos que podemos fazê-lo."

As empresas de energia que operam na Noruega reinjetam dióxido de carbono em formações geológicas offshore desde a década de 1990, o que mostra que a captura e o armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) é tecnicamente viável. Muitos governos, inclusive o do Reino Unido, contudo, continuam considerando que a técnica é cara demais, já que os projetos custam a partir de US$ 1 bilhão e os recursos que ajudariam na expansão do setor são limitados.

As petroleiras privadas e estatais têm impulsionado um desenvolvimento maior de CCS. No ano passado, um grupo de 10 empresas, que inclui Royal Dutch Shell, BP e Aramco, se comprometeu a contribuir com US$ 1 bilhão ao longo de uma década para financiar pesquisas de tecnologias de baixo carbono, entre elas captura e armazenamento de carbono.

A razão pela qual a técnica CCS não é buscada em mais lugares no mundo é a falta de regulamentação, segundo Al Khowaiter.

"Simplesmente está à espera do ambiente regulatório certo", disse o executivo. "A dúvida é se poderemos criar mercados capazes de valorizar isso, por isso se não a incluirmos de alguma forma no preço do produto, essa tecnologia não se concretizará."