Gás natural pode encarecer na batalha contra mudança climática
(Bloomberg) -- O gás natural corre o risco de ficar caro demais.
Os preços internacionais de referência poderão aumentar cerca de 25 por cento até meados da década de 2020, quando o excedente de gás natural liquefeito deverá se dissipar, restringindo a oferta global de gás, segundo o Instituto Oxford para Estudos de Energia (OIES, na sigla em inglês).
Os custos crescentes provavelmente tirarão cada vez mais competitividade do gás em relação às tecnologias solar, eólica e de armazenagem em baterias, prejudicando seu papel de "combustível de transição" entre a geração a carvão e as energias renováveis após 2030, disse Jonathan Stern, presidente do conselho e pesquisador sênior do Programa de Pesquisa sobre Gás Natural do instituto, em relatório enviado por e-mail. Ao mesmo tempo, as políticas climáticas para redução das emissões de carbono reduzirão a atratividade do gás.
"O principal desafio para o futuro do gás será garantir que não se torne inacessível e pouco competitivo", disse Stern.
Se o excedente de GNL terminar nos próximos anos conforme o esperado, os preços do gás poderão subir e atingir os níveis alcançados no período de 2011 a 2014, segundo o OIES. Durante esse período, os preços no Reino Unido, referência europeia, subiram para mais de US$ 12 por milhão de unidades térmicas britânicas, enquanto o GNL era negociado a cerca de US$ 20 na Ásia, maior mercado do combustível super-refrigerado.
Para o gás manter o papel de combustível de transição na próxima década é fundamental um preço abaixo de US$ 8 por milhão de BTUs nos países mais ricos e de menos de US$ 6 por milhão de BTUs nos países mais pobres, disse Stern.
Na maior parte do período 2016-2017 as referências internacionais estiveram em US$ 5 a US$ 8 por milhão de BTUs, um ambiente de "baixo preço" que criou demanda por gás em muitas regiões, segundo o relatório.
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