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Deutsche Bank introduz inteligência artificial em ações na Ásia

Viren Vaghela

14/12/2017 12h13

(Bloomberg) -- O Deutsche Bank está lançando um serviço de inteligência artificial nos mercados acionários da Ásia. O maior banco alemão tenta sair à frente em meio às transformações na negociação de ações impostas pela Diretiva de Mercados em Instrumentos Financeiros da União Europeia (conhecida pela sigla MiFID II).

Em comunicado enviado por email, a instituição anunciou que vai oferecer negociação de ativos com inteligência artificial em várias bolsas da região Ásia Pacífico no início do ano que vem, usando sua plataforma Autobahn 2.0. A introdução coincidirá com a implantação de MiFID II.

Os bancos concorrem para melhorar o que oferecem e cumprir as regras de melhor execução de MiFID. Alguns usam o potencial da inteligência artificial para proporcionar vantagens aos clientes, para que obtenham os melhores preços de negociação.

"A performance de algoritmos é importantíssima no mundo de MiFID II", afirmou Hani Shalabi, corresponsável por execução de ações para Ásia Pacífico do Deutsche Bank. "Não se trata mais de negociar com velhos amigos. Uma plataforma de algoritmos superior precisa ser considerada ou as firmas não conseguem a melhor execução para seus clientes."

O Deutsche Bank está usando um tipo de inteligência artificial chamado Filtro de Kalman ? que já foi aplicado em sistemas de direcionamento e carros autônomos ? para determinar com maior precisão a quantidade de ações de uma empresa que pode ser negociada em certo momento, ele explicou.

"Ajuda a prever dados incertos", disse Shalabi. "Volume e preço são duas áreas em que, se a direção for projetada corretamente, o algoritmo obtém uma leve vantagem."

Sob as regras de MiFID, que entram em vigor em 3 de janeiro, gestoras de recursos precisam tomar medidas "suficientes" para conseguir a melhor execução ou melhor preço. Com isso, essas instituições aceleraram a busca por métodos mais científicos de análise de preços oferecidos por diversas corretoras.

Mizuho Financial Group e Daiwa Securities Group anunciaram programas similares ao do Deutsche Bank nos últimos meses. A maior corretora japonesa, a Nomura Holdings, também avisou que vai desenvolver tecnologias de negociação automática e inteligência artificial.

A Ásia está adotando o serviço de inteligência artificial antes da Europa e dos EUA, uma vez que a região foi alocada para uma plataforma separada, desenvolvida na Austrália, segundo Shalabi.