JBS corrige perdas causadas pela delação premiada
(Bloomberg) -- O ano turbulento para a JBS está terminando com uma nota mais positiva. As ações do maior produtor mundial de carnes chegaram a avançar 3,1% nesta quarta-feira, estendendo a recuperação dos últimos meses. Com isso, as ações apagaram as perdas que se seguiram ao acordo de delação premiada assinado em maio pelos irmãos Batista, controladores da empresa e que hoje estão presos. O acordo detalhou como eles subornaram parlamentares, executivos de fundos de pensão, ministros e governadores, lançando o País numa crise política.
- Em 17 de maio, as notícias sobre o acordo levaram a bolsa a ter de acionar o mecanismo de circuit-breaker para conter perdas e o real afundou mesmo quando o BC interveio para apoiar a moeda
- As ações da JBS perderam até 37% de seu valor nos dias seguintes
- O controlador J&F Investimentos vendeu ativos e concordou em pagar uma multa recorde para encerrar as investigações, aliviando as preocupações quanto à solvência da companhia e protegendo as subsidiárias
- O frigorífico também vendeu ativos e alcançou um acordo com bancos para estabilizar a dívida de curto prazo. Meses depois, apresentou resultados recordes no 3T em meio a forte desempenho de suas unidades nos EUA
- Embora o acordo de leniência esteja sendo revisado, os movimentos da companhia até agora ajudaram a compensar o impacto das manchetes negativas -- entre elas, a da prisão dos irmãos Joesley e Wesley Batista
- Apenas um dos 13 analistas que cobrem as ações da JBS tem uma recomendação de venda; a maioria permanece neutra
- A JBS caiu 15% este ano, enquanto o Ibovespa subiu 26% no período
- Apesar de uma perspectiva favorável em termos de Ebitda e fluxo de caixa, o tamanho exato do passivo ainda é desconhecido e a JBS perdeu várias oportunidades para fazer mudanças mais profundas e criar valor para os acionistas minoritários, disse Pedro Leduc, analista do JPMorgan em nota enviada em de 20 de dezembro a clientes
- O ano passado deixou uma marca nos acionistas da JBS e no Brasil como um todo, mas a história está longe de terminar, disse ele
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