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Fitbit estuda desenvolver smartwatch para crianças: Fontes

Giles Turner e Selina Wang

09/01/2018 12h14

(Bloomberg) -- A Fitbit está considerando desenvolver um aparelho para crianças, segundo pessoas a par do assunto, em um momento em que a empresa tem dificuldades para reanimar a demanda por seus produtos de fitness, apostando em novas categorias de hardware.

O produto é voltado à saúde, setor no qual a Fitbit está cada vez mais concentrada, segundo uma das pessoas. A linha de aparelhos para crianças é discutida internamente há vários meses, no mínimo, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o assunto é privado.

As pessoas não detalharam quais diferenças teriam os mais novos aparelhos da Fitbit em relação aos produtos existentes. Mas a Fitbit poderia produzi-los para que monitorem a localização e com jogos para entreter as crianças, com base nas capacidades dos monitores fitness existentes vendidos pelas rivais. Além disso, o aparelho de vestir infantil poderia monitorar o nível de açúcar. A Fitbit está fechando parceria com a Dexcom, uma empresa especializada em monitoramento de glicose, para levar os dados do aparelho da Dexcom para o mais novo smartwatch da Fitbit.

O CEO James Park diz há anos que seu objetivo é transformar a Fitbit, uma fabricante de conhecidas pulseiras de monitoramento de passos, em um negócio de saúde digital. A empresa vem tentando se diversificar nos últimos anos -- lançou balanças de banheiro inteligentes, aplicativos de saúde e um novo smartwatch -- depois que a Apple começou a fabricar aparelhos de vestir de ponta e que a chinesa Xiaomi passou a fabricar opções mais baratas.

A longo prazo, Park pretende ir além do hardware e apostar em softwares capazes de ajudar a prever resultados de saúde para os usuários. No começo do mês, a Fitbit investiu mais de US$ 6 milhões na Sano, uma startup que trabalha no desenvolvimento de um adesivo para a pele que monitora o nível de açúcar no sangue.

A cerca de US$ 6, as ações da Fitbit valem menos de um terço dos US$ 20 do IPO feito em 2015.

Aparelhos para crianças

Nos últimos anos, o mercado de dispositivos que ajudam os pais a acompanharem a saúde dos filhos cresceu muito. A Gartner estima que 30 por cento das vendas totais de relógios inteligentes em 2021 serão geradas por aparelhos voltados a crianças de 2 a 13 anos de idade.

O mercado disputado engloba empresas consolidadas como Garmin e Xiaomi, que fabricam aparelhos de vestir para crianças, e startups como a Neebo, cujos produtos monitoram sinais vitais de bebês.

No entanto, algumas empresas atualmente enfrentam reações por permitirem o acesso dos jovens à tecnologia. Duas grandes acionistas da Apple mostraram preocupação com a possibilidade de as qualidades hipnotizantes do iPhone terem gerado uma crise de saúde pública que poderia prejudicar as crianças e a França tomou a decisão de proibir smartphones em escolas do Ensino Fundamental.