Satélite lançado pela SpaceX parece perdido após decolagem
(Bloomberg) -- Um satélite militar lançado pela Space Exploration Technologies, de Elon Musk, parece ter caído no mar após um defeito nos últimos estágios de ascensão, representando um possível revés para o programa de foguetes do bilionário.
A missão -- chamada pelo codinome Zuma -- foi lançada na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, no domingo, no foguete SpaceX Falcon 9. Mas o Comando Estratégico dos EUA, que monitora mais de 23.000 objetos artificiais no espaço, informou que não está rastreando nenhum novo satélite após o lançamento.
"Não temos nada para adicionar ao catálogo de satélites no momento", disse o capitão da Marinha Brook DeWalt, porta-voz do comando, por e-mail, quando indagado se o novo satélite estava em órbita.
Um alto funcionário do governo dos EUA e dois assessores do Congresso a par do lançamento afirmaram, sob a condição de anonimato, que a seção do propulsor do segundo estágio do Falcon 9 falhou. O satélite está perdido, disse um dos assessores, e o outro afirmou que o satélite e o foguete de segundo estágio caíram no oceano.
"Não comentamos missões desta natureza; mas até o momento as revisões dos dados indicam que o Falcon 9 teve desempenho satisfatório", disse James Gleeson, porta-voz da SpaceX, por e-mail.
É possível também que o satélite Zuma não tenha se separado adequadamente, situação em que o defeito pode não ter relação com o sistema de lançamento, segundo discussões no feed do Twitter da SpaceX. Comentários feitos durante um webcast do lançamento pareceram confirmar que as carenagens que alojavam a carga útil foram instaladas com sucesso.
Tim Paynter, porta-voz da Northrop Grumman, destacada pelo Departamento de Defesa para escolher a contratada para o lançamento, afirmou que "não podemos comentar sobre missões confidenciais". O tenente-coronel do Exército Jamie Davis, porta-voz do Pentágono para política espacial, encaminhou as perguntas da Bloomberg News à SpaceX.
Este foi o primeiro lançamento da SpaceX em um ano que promete ser agitado. A empresa afirmou que planeja cerca de 30 missões em 2018 após concluir 18 no ano passado, um recorde. O lançamento havia sido adiado várias vezes desde o fim de 2017. O clima extremo da semana passada na Costa Leste dos EUA contribuiu para o último adiamento.
A missão Zuma foi um sucesso claro, pelo menos segundo um aspecto: a SpaceX conseguiu pousar o primeiro estágio do foguete para reutilização em um futuro lançamento, passo fundamental para a empresa cumprir o objetivo de reduzir o custo do acesso ao espaço.
O webcast de 23 minutos da SpaceX para o evento, no domingo à noite, incluiu o lançamento do Falcon 9 e a recuperação do primeiro estágio do foguete em terra na Flórida. A celebração dos funcionários pôde ser ouvida pelo Controle de Missão, na sede da empresa, em Hawthorne, Califórnia.
O webcast terminou depois disso. Durante lançamentos para clientes de satélites comerciais a SpaceX normalmente retorna ao webcast para confirmar que a carga útil se separou do segundo estágio, mas Zuma era uma missão confidencial, de modo que a ausência de novas mensagens não surpreendeu.
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