Projetos offshore na Flórida dependem de definir o que é Flórida
(Bloomberg) -- O secretário do Interior dos EUA, Ryan Zinke, declarou que "descarta a Flórida como opção" para novas perfurações offshore de petróleo, mas essa admissão deixa muitas oportunidades para instalar torres de perfuração ao redor do Estado do Sol.
O anúncio de Zinke no Twitter nesta semana deu poucos detalhes sobre o alcance de sua declaração.
"Neste momento, sua promessa consta apenas de palavras vazias", disse o senador Bill Nelson, democrata da Flórida que se opõe à perfuração offshore há tempos. "O que significa exatamente 'descartar'? O leste do Golfo do México inteiro, só a metade? A 200 quilômetros do litoral? Os dois litorais da Flórida? Só um? E o estreito da Flórida?"
O Departamento do Interior tem vários meses para decidir -- e sua resposta formal poderia distar muito de ser o grande bloqueio de perfurações evocado no tuíte de Zinke na terça-feira.
Esperança
As petroleiras esperam que haja muito espaço. Apesar de na semana passada Zinke ter aberto as portas para a venda de direitos de perfuração offshore em mais de 90 por cento das águas dos EUA -- do litoral da Califórnia ao litoral do Atlântico -- o leste do Golfo do México era um dos principais objetivos do setor.
O território contém petróleo, está localizado ao lado de oleodutos que podem transportar esse petróleo bruto até a costa e está perto das refinarias que podem processá-lo.
As empresas de energia já descobriram um tesouro de gás natural há cerca de 30 anos em Destin Dome, localizado a cerca de 40 quilômetros ao sul de Pensacola, Flórida. E as mesmas tendências geológicas que acarretaram grandes descobertas de petróleo em outras partes do Golfo poderiam ocorrer também no seu extremo oriental.
Definições
Heather Swift, porta-voz do Departamento do Interior, disse na terça-feira que a declaração de Zinke englobava toda a "área de planejamento" do leste do Golfo do México, que se estende a cerca de 200 quilômetros do litoral. Mas a agência pode dizer que não faz anúncios formais de políticas pelo Twitter e depois adotar uma visão mais restrita das águas ao redor da Flórida que ficariam realmente "fora dos limites".
A declaração de Zinke ainda "poderia deixar margem para que a agência inclua áreas altamente prospectivas do leste do Golfo do México no plano final", disse Kevin Book, diretor administrativo da ClearView Energy Partners, com sede em Washington.
"O tuíte do secretário torna provável, na nossa opinião, que os planos de perfuração posteriores removam a Flórida, mas levanta uma pergunta importante: como o departamento do Interior definirá 'Flórida'?", disse Book.
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