Firma de motores da GE pode desbancar Rolls em A380 da Emirates
(Bloomberg) -- O empreendimento de motores de A380 da General Electric com a Pratt & Whitney pode estar prestes a retornar ao jato double-decker após o acordo da Airbus para a venda de 36 superjumbos à empresa aérea Emirates, do Golfo Pérsico.
Enquanto a Rolls-Royce forneceu turbinas Trent 900 para as últimas 50 unidades do A380 encomendadas pela Emirates, a empresa aérea de Dubai se inclina por um motor rival oferecido pela chamada Engine Alliance, formada por GE e Pratt, para o novo lote, segundo pessoas a par do assunto, que pediram anonimato.
O diretor de vendas da Airbus, John Leahy, disse à Bloomberg TV que é perfeitamente possível que a Emirates opte pelas empresas dos EUA, cujo GP7200 foi usado em seus 90 primeiros jatos A380. "A EA com certeza tem chance de retornar", disse na sexta-feira. "O fato é que no contrato está claro que eles podem escolher o motor."
Uma vitória da Engine Alliance recuperaria uma linha de produção que ficou praticamente sem trabalho, considerando que os jatos com motores Rolls-Royce representam quase todas as encomendas pendentes da A380. A Rolls reluta em oferecer suas turbinas nos mesmos termos competitivos com os quais ganhou o primeiro negócio com a Emirates e deixou claro que não há perspectiva de desenvolvimento do modelo Neo -- ou outra opção de motor --, de muito maior eficiência de combustível, desejado pela empresa aérea.
Leahy disse que a Emirates pode demorar "vários meses" para escolher entre as duas fornecedoras de motores e uma porta-voz da empresa aérea afirmou que a decisão está sujeita à concorrência e não deu data de conclusão. A Rolls, que ainda registra a encomenda de aeronaves A380 de 2015 com a aérea do Golfo como a maior de sua história, disse dar as boas-vindas à oportunidade de ser selecionada novamente.
'Ferramentas'
A Engine Alliance informou à Bloomberg que está preparada para atender aos requisitos de seleção de motores da A380, acrescentando que a GE, a Pratt e suas empresas e fornecedores parceiros "mantiveram as ferramentas e a capacidade" de construir o GP7200 e estão preparados, portanto, para ajustar a produção.
A Emirates pedirá à EA uma mudança gradual na eficiência de combustível do A380, de quatro motores, algo visto como vital para que continue competitivo frente aos aviões bimotores de fuselagem larga mais novos, mas o empreendimento provavelmente oferecerá apenas atualizações incrementais devido ao mercado limitado, disse uma das pessoas.
De longe a maior cliente do A380, a Emirates deu uma sobrevida a esse avião pouco vendido com a encomenda de US$ 16 bilhões da semana passada, que deve prolongar o programa por pelo menos uma década. A compra era esperada para o Salão Aéreo de Dubai, em novembro, mas foi adiada devido a preocupações na empresa aérea em relação ao compromisso das fabricantes com o programa. Entre as preocupações está a questão do desenvolvimento de motores, segundo duas pessoas.
O pedido, atualmente um memorando de entendimento de 15 páginas, será finalizado no máximo até 15 de fevereiro, disse Leahy na entrevista.
--Com a colaboração de Guy Johnson
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