Reino Unido irrita UE com pedido de ajuda para Brexit, dizem fontes
(Bloomberg) -- Theresa May está frustrando altos funcionários das capitais europeias com sua estratégia para o Brexit, segundo três pessoas a par da situação.
Com dificuldades para encontrar uma abordagem para o Brexit capaz de reunir o apoio de seu gabinete dividido, a primeira-ministra do Reino Unido está pedindo ideias para as autoridades e os líderes europeus sobre os tipos de relação futura que podem ser oferecidas, disseram sob a condição de anonimato.
O negociador-chefe da União Europeia, Michel Barnier, tenta há meses fazer o Reino Unido dizer que tipo de relação comercial deseja após a divisão, pedido que reiterou na segunda-feira. Ele já apresentou, em termos claros, o que diz serem as opções do Reino Unido.
Barnier, que gerencia as negociações em nome dos 27 estados membros restantes, diz que o Reino Unido precisa decidir entre a adesão total ao mercado único -- e às regras que acompanham a decisão -- ou um acordo de livre comércio relaxado semelhante ao tratado comercial do Canadá com o bloco. O Reino Unido afirma que nenhum dos dois é suficientemente bom: quer um acordo feito sob medida, que inclua seu enorme setor de serviços, mas que permita excluir da adesão as partes mais controversas.
O governo britânico preferiu não comentar.
Dezenove meses após o referendo que forçou uma revisão da política econômica e externa do Reino Unido, o gabinete ainda debate até que ponto se deve permanecer próximo do bloco após a separação e quais as concessões que estão preparados para fazer. A UE diz que os parâmetros do próprio Reino Unido sobre a imigração e o papel dos juízes europeus estabelecem os limites de qualquer possível acordo.
A ala eurocética do partido de May faz cada vez mais barulho em relação à exigência de uma separação clara e May precisa ouvi-la porque seu trabalho depende do apoio dela. Atualmente ela enfrenta pedidos para despedir o chanceler do Tesouro, Philip Hammond, que enfureceu o lado pró-Brexit na semana passada ao afirmar que o divórcio traria apenas mudanças "modestas" no relacionamento.
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