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Apple tem muitos executivos na reserva para suceder CEO

Mark Gurman

14/02/2018 12h39

(Bloomberg) -- O CEO da Apple, Tim Cook, falou sobre sucessão na reunião anual da empresa, realizada na terça-feira, e disse que "passar o bastão" corretamente será um de seus papéis mais importantes.

A empresa conta com um grande número de gerentes experientes que poderiam substituir Cook quando chegar a hora. A diretoria da Apple inclui 10 executivos além de Cook e conta com veteranos como o chefe de operações Jeff Williams, o chefe de serviços Eddy Cue, o chefe de marketing de produtos Phil Schiller e o líder de hardware Dan Riccio. Há também nomes relativamente novos na empresa, como o diretor financeiro Luca Maestri e a chefe de varejo Angela Ahrendts, que têm experiência de liderança de outras companhias.

Na reunião em Cupertino, na Califórnia, Cook disse que em todas as reuniões do conselho da Apple nos últimos anos foi discutido o planejamento de sucessão para todos os cargos executivos importantes, mas ele não especificou nenhum dos possíveis sucessores. Cook, 57 anos, ocupa o cargo de CEO desde que sucedeu a Steve Jobs em 2011. Ele conduziu um grande aumento de receita e lucro, enquanto expandia serviços como o streaming de música e supervisionava o lançamento do Apple Watch, do iPhone X e do HomePod.

Não há motivos para supor que Cook pretende renunciar em breve. E, considerando que pode faltar muito para sua partida, é possível que um sucessor nem sequer esteja na equipe executiva ainda. Mas os comentários de Cook marcaram um novo nível de especificidade em relação ao assunto. A Apple não quis fazer outros comentários além das observações do CEO.

Williams, chefe de operações da Apple, seria o sucessor mais provável de Cook se o CEO pedisse demissão no futuro imediato. Assim como Cook, Williams é um maestro de operações, e ele gerencia a cadeia de abastecimento global da empresa, que produz os aparelhos iPhone, iPad e Mac, que geram a maior parte da receita da Apple. Ele também assumiu um perfil mais público nos últimos anos ao gerenciar o desenvolvimento do Apple Watch e anunciar novos recursos de saúde em entrevistas coletivas.

Ahrendts, que chegou à Apple em 2014 para administrar a divisão de varejo, era CEO da Burberry Group, onde arquitetou a recuperação da fabricante de bens de luxo. Comenta-se que ela poderia suceder a Cook por causa de sua experiência e de sua capacidade para se conectar com funcionários e clientes.

"É notícia falsa, bobinho, não é verdade", disse Ahrendts ao BuzzFeed News quando lhe perguntaram sobre a sucessão no ano passado. Ainda assim, ela se tornaria instantaneamente uma das mulheres mais poderosas do mundo dos negócios como líder da mais valiosa companhia de capital aberto. A Apple está tentando aumentar a diversidade, e nomear Ahrendts como CEO sacudiria o setor de tecnologia, criticado por sua cultura dominada pelos homens.

"Considero que é meu papel como CEO preparar o máximo de pessoas possível para ser CEO, e é isso o que eu estou fazendo, para que o conselho possa tomar uma decisão quando chegar o momento", disse Cook na mesma entrevista que Ahrendts ao BuzzFeed.