Correção: Cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana
(Bloomberg) -- (Corrige nome de indicador para IPCA-15 no título do segundo bloco)
Mercado aguarda decisão do Copom na próxima semana, com consenso apontando corte da Selic para 6,50%. Maior expectativa recai sobre comunicado e eventual sinal sobre fim do ciclo de baixa e prazo em que juro em piso histórico será mantido. Nos EUA, Fed deve subir juros e mercado aguarda pistas sobre ritmo de altas futuras. Agenda externa ainda traz decisão do BOE. No Brasil, IPCA-15 atualiza informações sobre inflação de março e IBC-Br mostra atividade em janeiro. Na política, investidores avaliam desdobramentos da morte de vereadora no Rio diante de avaliações sobre impacto na intervenção federal na cidade. Quadro político também segue no radar nos EUA após recentes mudanças no governo Trump. Veja os principais temas:
Juros e dados nos EUA
FOMC anuncia decisão na próxima quarta com expectativas consistentes no mercado de que a taxa será elevada de 1,50% para 1,75%. Investidores vão buscar no comunicado pistas sobre as decisões a seguir. Última fala do presidente do Fed, Jerome Powell, foi vista como hawkish e mercado interpretou como sinal de quatro altas no ano, mas indicadores recentes sobre atividade e inflação nos EUA foram mistos. Na próxima semana, após a decisão do Fed, saem dados de bens duráveis e vendas de moradias novas. Na Europa, mercado acompanha decisão do BC britânico, um dia depois do Fed. China tem agenda fraca.
Copom e IPCA-15
Copom deve estender o alívio monetário com novo corte de 0,25 pp da Selic na próxima semana, segundo a maioria dos analistas. Maior divergência ocorre nas expectativas sobre se o BC vai continuar ou não com os cortes no Copom seguinte, de maio. Para alguns analistas, ainda que o BC prefira manter uma postura cautelosa e sinalizar interrupção como no Copom anterior, o mais provável é que o comunicado não seja enfático e deixe a porta aberta para a Selic ter um corte adicional em maio caso a inflação continue abaixo do piso da meta até lá e a atividade prossiga no atual ritmo de retomada gradual. O cenário para o desempenho da economia neste início de ano contará na próxima semana com novos dados importantes, com o IBC-Br de janeiro e o IPCA-15 de março. Dado de serviços de janeiro do IBGE divulgado nesta sexta decepcionou.
Desdobramentos da morte da vereadora
Mercado deve acompanhar desdobramentos do assassinato da vereadora do Rio, Marielle Franco (PSOL), que levou milhares de manifestantes às ruas nesta quinta-feira. Segundo análise de Fernando Rodrigues no Poder360, o debate sobre segurança pública, que já era proeminente, passa a dominar o cenário eleitoral por completo, além de ser devastador para a imagem do Planalto. Assassinato faz Rodrigo Maia retomar críticas à intervenção no Rio, apontando a falta de planejamento da operação, relata a Folha. Maia e os aliados cogitaram a possibilidade de que o assassinato tenha sido uma ação deliberada de milícias para atingir o governo e lançar dúvidas sobre a intervenção, diz o jornal.
Questão da 2ª instância e Lula
Noticiário sobre pressões para que o STF altere a prática de permitir a prisão de condenados após julgamento em segunda instância deve seguir em foco à medida em que se aproxima a data em que os embargos da defesa do ex-presidente Lula devem ser analisados pelo TRF4. Expectativa é que os recursos sejam avaliados a partir da última semana de março. O ministro Marco Aurélio Mello pode motivar a discussão em plenário do STF sobre prisão em 2ª instância, informou o Valor nesta sexta. Além do PT e de partidos da base, Cármen Lúcia sofre pressão de colegas. Cinco ministros da Corte tentam subtrair de Cármen Lúcia a prerrogativa de construir a pauta do Supremo, relata coluna de Sonia Racy, no Estado.
Cautela com mudanças no governo Trump
Mercados amanheceram com desempenho cauteloso nesta sexta, com bolsas de lado e moedas e ações de países emergentes pressionadas, diante das notícias envolvendo o governo Trump e à espera de novos dados nos EUA. MSCI emergentes tem 3ª baixa seguida. Washington Post noticiou que Trump estuda demitir seu conselheiro de segurança nacional. Casa Branca negou a notícia, mas movimentos no governo americano devem seguir no radar após substituições recentes de conselheiros e secretários, que geraram receios de acirramento da guerra comercial.
--Com a colaboração de Fernando Travaglini Davison Santana e Maria Luiza Rabello
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