Dreyfus vai injetar US$ 1 bilhão na Biosev: Fontes
(Bloomberg) -- A Louis Dreyfus Holding concordou em fazer um aumento de capital de US$ 1 bilhão para resgatar sua unidade sucroalcooleira no Brasil, a Biosev, como parte de um acordo de prolongamento de dívidas com bancos, segundo pessoas com conhecimento direto do assunto.
O acordo deve ser concluído até o fim de março e inclui uma conversão de US$ 750 milhões de dívidas em ações e US$ 250 milhões em dinheiro novo, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas. Além disso, os bancos darão à Biosev cinco anos extras para quitar cerca de R$ 3,7 bilhões (US$ 1,1 bilhão) em empréstimos a taxas de juros mais baixas, disseram as pessoas.
Louis Dreyfus e Biosev preferiram não comentar as negociações. A Biosev confirmou em 12 de março que negociava o prolongamento dos vencimentos e a renovação de parte de sua dívida bancária.
A injeção de capital é um novo revés para a Louis Dreyfus Holding, que controla a Louis Dreyfus Co., uma das maiores traders de commodities agrícolas do mundo. Durante anos a holding injetou dinheiro em sua subsidiária açucareira do Brasil por meio de pré-pagamentos comerciais ligados a contratos de exportação de açúcar. A perspectiva de mais aportes surge também em um momento em que a bilionária Margarita Louis-Dreyfus, que controla a holding por meio de um trust familiar, precisa de dinheiro para cumprir um acordo judicial e recomprar mais ações de outros integrantes da família.
O acordo oferece um certo alívio à Biosev. A empresa tinha um passivo de R$ 10,1 bilhões no fim do ano passado, segundo informações da empresa, dos quais R$ 5,5 bilhões eram dívidas bancárias e R$ 2,8 bilhões eram pré-pagamentos comerciais.
A Biosev, que é a segunda maior processadora de cana do Brasil, enfrenta preços internacionais mais baixos do açúcar devido a um excedente global da commodity. A empresa vem tentando recuperar o negócio, desativando a operação de algumas de suas usinas com objetivo de ganhar eficiência e reduzir custos.
A empresa foi criada depois que a Louis Dreyfus separou sua divisão açucareira no Brasil. As ações da Biosev começaram a ser negociadas em São Paulo em 2013, e desde então recuaram mais de 60 por cento.
--Com a colaboração de Andy Hoffman
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