Gestor de US$ 250 bi vê mais de 3 altas de juro nos EUA em 2018
(Bloomberg) -- Diretor de investimentos da Guggenheim Partners, Scott Minerd, espera mais acréscimos na taxa básica de juros nos EUA do que os três que o mercado atualmente contempla em suas cotações. Afinal, Jerome Powell, o novo presidente do banco central (Federal Reserve) se empenhará no combate à inflação.
"Acho que Powell vai nos amaciar e deixar que nos preparemos para a ideia de que talvez ocorram mais do que três aumentos de juros", disse Minerd, que administra aproximadamente US$ 250 bilhões, em entrevista à Bloomberg Television, na quinta-feira.
Há 100 por cento de probabilidade implícita de alta de juros na reunião do Fed de 21 de março, que será a primeira do tipo com Powell na cabeceira da mesa. A projeção mediana é de dois outros acréscimos até o fim do ano, com base no chamado gráfico de pontos (dot plot) divulgado pela autoridade monetária.
A pressão para acelerar o aperto aumenta à medida que a economia americana se depara com superaquecimento e inflação, alimentados pela redução de impostos, por déficits maiores do governo federal e pela pressão salarial exercida pelo desemprego baixo, explicou Minerd. Segundo ele, elevações nos juros ameaçam gerar uma recessão em 2019 ou 2020.
Minerd fez as seguintes observações para investidores:
* As ações costumam ter bom desempenho dois anos antes de uma recessão, portanto é boa hora para mantê-las em carteira.
* Os juros de longo prazo dificilmente oscilarão drasticamente enquanto a ponta curta da curva de juros se inclina, o que produzirá uma curva achatada ou invertida já no ano que vem.
* É melhor vender dívidas corporativas de alto rendimento e com grau de investimento porque os juros baixos da atualidade não compensam os riscos, que estão em alta.
* Usem fundos negociados em bolsa (exchange-traded funds ou ETFs) para comprar exposição a commodities, que costumam apresentar bom desempenho no final dos ciclos econômicos.
--Com a colaboração de Julie Hyman Scarlet Fu e Joe Weisenthal
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