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Citigroup quer mais mulheres em direções nos mercados asiáticos

Cathy Chan

19/03/2018 12h36

(Bloomberg) -- O Citigroup quer alcançar a paridade de gênero entre os diretores administrativos de sua unidade de mercados asiáticos dentro de três a cinco anos, unindo-se a bancos de todo o mundo que estão ampliando os esforços para reduzir uma antiga diferença de gênero.

O banco com sede em Nova York tem um longo caminho pela frente. Apesar de as mulheres constituírem cerca da metade da força de trabalho do Citigroup, de 60.000 funcionários, em todas as divisões da região Ásia-Pacífico, o negócio de mercados regionais atualmente tem 80 por cento de homens e 20 por cento de mulheres no nível dos diretores administrativos, segundo Aditi Mahadevan, chefe de recursos humanos da unidade.

O plano de chegar à paridade dentro de cinco anos "não só nos coloca em maior sintonia com nossos clientes, mas também provou ser melhor para o desempenho", disse Mahadevan. "Isso leva a melhores decisões e a um pensamento mais equilibrado."

Bancos de todo o mundo estão sob crescente pressão para melhorar as perspectivas de remuneração e carreira das mulheres. A iniciativa na Ásia segue-se à promessa feita pelo Citigroup, no início do ano, de quantificar, publicar e adotar medidas para reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres em três países e entre as minorias nos EUA. O Goldman Sachs informou na semana passada que pretende fazer com que as mulheres representem metade de sua força de trabalho no futuro, a começar por uma divisão uniforme na classe de graduados na faculdade até 2021.

"As metas do Citi são ambiciosas", disse Laura Deal Lacey, diretora-executiva do Milken Institute na Ásia. "Não existem muitos bancos dispostos a assumir esses compromissos. É maior a probabilidade de atingir um objetivo quando as metas e os cronogramas são definidos com clareza."

Redução da rotatividade

Além de promover e contratar mais mulheres para cargos executivos, o Citigroup espera alcançar a meta da igualdade de gênero reduzindo a rotatividade entre as novas mães. Em novembro, o banco lançou um programa em Hong Kong e Cingapura para mães que trabalham na divisão de mercados, oferecendo licença-maternidade mais longa, horários flexíveis e capacitações.

Atualmente, o Citigroup tem cerca de 130 diretores administrativos, homens e mulheres, no negócio de mercados e títulos da região Ásia-Pacífico, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto. Mahadevan preferiu não comentar o número.

A divisão de mercados do Citigroup inclui a unidade primária e secundária de ações e renda fixa, vendas e trading para clientes em renda fixa, commodities, moedas e ações. A receita do grupo de clientes institucionais da região Ásia-Pacífico, que tem entre os maiores colaboradores os serviços de mercados e títulos, chegou a US$ 7,1 bilhões em 2017, segundo comunicado do banco.

"As salas de operações são difíceis. Tem muita testosterona no ar em um só lugar", disse Nick Marsh, CEO da firma de recrutamento Meraki Executive Search & Consulting, com sede em Hong Kong. "Por outro lado, se houver equilíbrio, haverá também processos de pensamento completamente diferentes em andamento."