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BofA, Itaú, Bradesco arranjam crédito $6 bi p/ oferta TAG:Fontes

Cristiane Lucchesi, Felipe Marques e Scott Deveau

20/03/2018 14h02

(Bloomberg) -- Bank of America, Itaú Unibanco e Bradesco estão organizando um financiamento para um consórcio liderado pelo Macquarie Group, para que ele possa fazer uma oferta de compra de gasoduto da Petrobras no nordeste, disseram três pessoas com conhecimento do assunto.

O empréstimo-ponte, que poderia chegar a US$ 6 bilhões, provavelmente será em grande parte denominado em reais, disse uma das pessoas, pedindo para não ser identificada porque as discussões são privadas. O grupo pode até decidir tomar o empréstimo inteiro em reais para evitar a necessidade de hedge cambial caro, disse a pessoa. Isso pode dar vantagem ao grupo Macquarie sobre os outros dois possíveis concorrentes, uma vez que a receita da subsidiária da Petrobras, conhecida como TAG, é em reais, disseram as pessoas.

A Itaúsa está na disputa pela Transportadora Associada de Gás (TAG) em associação com o Macquarie, o Canadian Pension Plan Investment Board e o GIC Private Limited de Singapura, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto este mês.

Itaúsa, Macquarie, CPPIB, BofA, Bradesco e Itaú não quiseram fazer comentários. O GIC não respondeu a um pedido de comentário por e-mail.

Dois outros grupos, um liderado pela empresa francesa Engie e outro pelo Mubadala Development, também estão competindo pela participação de 90% da Petrobras na TAG, disseram fontes no mês passado.

A oferta conjunta do Mubadala com a EIG Global Energy Partners pode chegar a US$ 8 bilhões, incluindo dívidas, uma das pessoas disse no início deste mês. O Goldman Sachs Group está organizando financiamento para o consórcio do Mubadala, disseram as pessoas.

A TAG, uma rede de 4.500 km que abrange dez estados brasileiros, poderia ser a maior venda de ativos da Petrobras até hoje e representa mais de um terço do objetivo da empresa de alienar US$ 21 bilhões este ano.

A Itaúsa está estudando se participará da venda do TAG, mas não assumiu um compromisso firme, disse o presidente da empresa, Alfredo Setúbal, em 20 de fevereiro em uma teleconferência com investidores. Ele não quis fornecer detalhes adicionais. A Engie também informou que está interessada.

"Sim, estamos olhando" o ativo e "não somos os únicos", disse a presidente da Engie, Isabelle Kocher, em uma conferência perto de Paris em 8 de março.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, tem pressa para atingir a meta de desinvestimento antes das eleições, que podem tornar mais difícil a venda de ativos. Parente disse no final do ano passado que, idealmente, todas as negociações devem ser definidas no final do primeiro semestre de 2018 e fechadas até dezembro.

A Petrobras vai receber ofertas pela TAG até meados de abril, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto na semana passada.

--Com a colaboração de Francois de Beaupuy