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Facebook entra na lista negra de investimentos do banco Nordea

Kati Pohjanpalo e Frances Schwartzkopff

21/03/2018 12h25

(Bloomberg) — O maior banco da região nórdica não permitirá mais que sua unidade de investimento sustentável compre ações do Facebook.

O Nordea Bank decidiu "colocar em quarentena" os investimentos no Facebook da unidade de gestão de ativos "devido às revelações de alto nível e à turbulência em torno da empresa com forte reação pública", escreveu no Twitter o chefe de finanças sustentáveis, Sasja Beslik.

O Facebook está no centro de uma tempestade política e de mercado depois que se soube que o provedor de rede social divulgou os dados pessoais de 50 milhões de usuários para uma empresa de análise que ajudou a eleger o presidente dos EUA, Donald Trump. O Facebook foi processado em um tribunal federal de São Francisco na terça-feira por acionistas em uma ação coletiva sob alegações de que eles sofreram prejuízos após as revelações. A situação do Facebook eliminou cerca de US$ 60 bilhões do valor de suas ações.

O braço de investimentos sustentáveis do Nordea faz parte da unidade de gestão de riqueza do banco, no valor de US$ 400 bilhões. Perguntado sobre o que o Nordea precisaria ver no Facebook para eliminar sua quarentena, Beslik disse que "uma série de exemplos de como eles estão gerenciando riscos sistêmicos relacionados à privacidade de dados nas operações".

O CEO Mark Zuckerberg planeja se dirigir aos funcionários na sexta-feira. Ele também foi chamado para responder às demandas políticas por esclarecimento. Um representante do parlamento do Reino Unido disse que Zuckerberg precisa explicar a "falha catastrófica do processo". O Parlamento Europeu enviou um convite semelhante.

Zuckerberg e a diretora operacional Sheryl Sandberg ainda não se pronunciaram publicamente sobre o vazamento de dados.

A Cambridge Analytica, empresa de consultoria política por trás do escândalo que envolveu o Facebook, suspendeu seu CEO, Alexander Nix, depois que ele apareceu em um vídeo falando sobre armadilhas para pegar políticos com subornos, prostitutas e disseminação de informações falsas.

—Com a colaboração de Jonas Cho Walsgard