Qantas prepara voos diretos da Austrália para EUA e Europa
(Bloomberg) -- A Qantas Airways está avaliando realizar voos diretos entre a Austrália e Chicago como o próximo passo em seu plano de adicionar mais destinos de longo curso usando uma frota em expansão de jatos 787 da Boeing.
Após lançar o primeiro serviço direto à Europa para passageiros -- ligando Perth a Heathrow, o centro de Londres -- a Qantas voltará sua atenção para os EUA, com o próximo lote de quatro aviões 787, com entrega prevista para este ano, disse o CEO Alan Joyce em entrevista na terça-feira.
Um novo serviço entre Melbourne e São Francisco, que começará em setembro, já foi anunciado e os 787 também substituirão os jumbos 747 na atual rota Brisbane-Los Angeles-Nova York da Qantas. Mas a companhia também está avaliando um serviço direto Brisbane-Chicago ou voos da cidade no estado de Queensland para Seattle ou Dallas, revelou Joyce no Aviation Club em Londres.
A mesma análise de uma década de dados meteorológicos e de ventos que foi aplicada à rota Perth-Heathrow indicou que os três destinos seriam acessíveis com uma quantidade padrão de passageiros, mas os voos só começariam quando a Qantas obtiver imunidade antitruste para uma joint venture com a American Airlines.
A American e a Qantas, parceiras na aliança Oneworld, pediram permissão aos reguladores dos EUA em fevereiro, pela segunda vez, para coordenar tarifas e horários e compartilhar custos e receitas nos voos transpacíficos.
"Esperamos conseguir isso em seis meses", disse o presidente, acrescentando que o serviço escolhido "poderia começar a partir da alta temporada, que é no fim do ano."
A 'última fronteira'
Chicago é um destino atraente em parte porque é um hub da American, como Dallas, uma rota que a Qantas já opera partindo de Sidney. Seattle é a base da Alaska Airlines, outra parceira da aérea australiana.
Joyce disse estar confiante de que a Boeing e a Airbus poderiam dar suficiente autonomia extra aos futuros modelos para possibilitar que a Qantas possa voar diretamente de Sidney e Melbourne até Londres e Nova York a partir de 2022.
O executivo descreve essas rotas como a "última fronteira" da aviação, depois da qual todas as grandes cidades do mundo terão ligações aéreas sem escalas. Uma das opções para tornar esses voos tão longos mais suportáveis seria a introdução de uma nova estrutura de quatro classes, com uma parte do espaço para bagagens para colocar beliches, disse Joyce. "Nada está descartado", disse ele.
O primeiro voo da Qantas de Perth a Londres aterrissou no Reino Unido no domingo após uma viagem de 14.498 quilômetros. Apesar de não ser o voo mais longo do mundo -- o atual recorde pertence a um serviço entre Doha e Auckland operado pela Qatar Airways -- a rota sinaliza o começo do fim da chamada "Rota Canguru", na qual os aviões fazem a viagem da Europa à Austrália em uma série de saltos desde o advento da aviação.
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