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Londres amplia zona de baixas emissões para toda a cidade

Anna Hirtenstein

08/06/2018 12h43

(Bloomberg) -- O prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou uma grande expansão da zona de emissões ultrabaixas da capital, na qual haverá cobranças dos motoristas dos veículos mais poluentes.

A nova zona terá 18 vezes o tamanho da original, abrangendo a área entre as rodovias circulares Norte e Sul, na área metropolitana de Londres, segundo comunicado enviado por e-mail pelo gabinete do prefeito. As novas regras entrarão em vigor em outubro de 2021.

O Reino Unido viola os padrões da União Europeia para a qualidade do ar desde 2010 e Londres, aliás, quebrou o limite anual já no primeiro mês do ano. A maior fonte de poluição são as emissões de óxido de nitrogênio dos veículos a diesel, que comprovadamente prejudicam a saúde humana.

"Para combater a letalidade do ar de Londres e resguardar a saúde dos londrinos é necessária uma medida ousada", disse Khan. "A poluição do ar é uma crise de saúde nacional e me recuso a ficar parado enquanto milhares de londrinos respiram um ar tão imundo que encurta nossa expectativa de vida, prejudica nossos pulmões e piora doenças crônicas."

A primeira zona de emissões ultrabaixas da cidade será implementada em 8 de abril do ano que vem e abrangerá a região central de Londres. Os motoristas de veículos desconformes terão que pagar 12,50 libras (US$ 16,76) por dia. O gabinete de Kahn disse que a medida será ampliada para incluir ônibus e caminhões até 2020.

"Estimamos que a expansão da zona de emissões ultrabaixas reduzirá as emissões geradas pelo transporte rodoviário em mais 28 por cento em Londres, por isso essa expansão é um grande passo para proteger a saúde de todos os londrinos", disse Lilli Matson, diretora de estratégia da Transport for London.